Simpósio Internacional aborda a fisiologia reprodutiva de peixe
Evento conta com apoio da Fapeam por meio do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos e Tecnológicos no Estado do Amazonas
Começou nesta segunda-feira (4), o 11° Simpósio Internacional de Fisiologia Reprodutiva de Peixe, no Tropical Hotel Manaus. Realizado pela primeira vez na América Latina, o evento é uma referência mundial e de alto nível científico dedicado para debater e apresentar os conhecimentos mais avançados e aplicados na área da Fisiologia da Reprodução de Peixes.
Com o tema “Novas fronteiras em diversidade reprodutiva num ambiente em mudança”, no Amazonas o simpósio é coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) e ocorre de 4 a 8 de junho.
O cientista Goro Yoshizaki, do Japão, deu iniciou ao ciclo de palestras que estão previstas na programação. Durante o evento, ele abordou sobre biotecnologias modernas utilizando células tronco germinativas em peixes.
Para o simpósio estão previstas palestras de 16 cientistas renomados com larga expertise na área, oriundos da Espanha, China Japão, Alemanha, Estados Unidos e Brasil. Também está prevista a apresentação de projetos de pesquisa por meio de pôsteres e exposições orais.
A realização do evento conta com recursos financeiros do Governo do Amazonas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no âmbito do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos e Tecnológicos no Estado do Amazonas (PAREV).
O programa contou com investimento da ordem de R$1,2 milhão para apoiar, em duas chamadas públicas, a realização de eventos locais, regionais, nacionais e internacionais sediados no Amazonas.
Para o diretor-presidente da Fapeam, Edson Barcelos, o evento é importante por trazer pesquisadores de diversos países e colocar em pauta um assunto importante para região amazônica que é a reprodução de peixes.
Barcelos destacou ainda que o simpósio é uma oportunidade para pesquisadores e estudantes conhecerem mais sobre as pesquisas desenvolvidas nesta área.

Diretor-presidente da Fapeam, Edson Barcelos, disse que o evento é importante por trazer pesquisadores de diversos países
Sobre o PAREV, o diretor-presidente da Fapeam disse que a instituição tem como missão apoiar eventos científicos que trazem pesquisas importantes, que no futuro resultarão em tecnologias, por exemplo, para reprodução e conservação de espécies de valor econômico para o Estado.
“Eles vão abordar com muita profundidade a reprodução das espécies ameaçadas de extinção. Esse é um problema que poderemos enfrentar no futuro, na Amazônia, devido à sobrepesca. Várias espécies já começaram a desaparecer, por isso um evento científico como este traz o conhecimento de como preservar para termos espécies presentes nos nossos ecossistemas”, frisou.
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Luiz Renato de França, destacou que o simpósio ocorre há mais de 40 anos, sendo realizado a cada quatro anos. Nesta edição 40% dos inscritos são do Brasil.

Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Luiz Renato de França, destacou que o simpósio é uma oportunidade de interagir com pessoas do mundo e que são especialistas na área
“Na Região Amazônica, especificamente, no Amazonas temos 30 mil espécies de peixes, considerando ambientes de água doce e marinho. Desse total, 13 mil são de água doce, sendo que três mil são da região. Isso já mostra a dimensão da importância desse evento para a região, pois hoje a maioria dos peixes consumidos no mundo é cultivada. Esse é o futuro da piscicultura e da aquicultura. O evento é uma oportunidade de interagir com pessoas do mundo e que são especialistas na área”, disse.
PAREV
O PAREV apoia a realização de eventos locais, regionais, nacionais e internacionais sediados no Estado do Amazonas, relacionados à Ciência, Tecnologia e Inovação como: congressos, simpósios, workshops, seminários, ciclo de palestras, conferências e oficinas de trabalho, com objetivo de divulgar resultados de pesquisas científicas e contribuir para a promoção do intercâmbio científico e tecnológico.
Departamento de Difusão do Conhecimento – Decon