Diretor-presidente da Fapeam defende capacidade de contribuição do setor agrícola para o Amazonas durante Fórum na Ufam
O Fórum para o Desenvolvimento do Amazonas é coordenado pela Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Ações de planejamento que abranjam estratégias na área de Processo e Desenvolvimento (P&D), Transferência de Tecnologia (TT) e melhoria da infraestrutura são determinantes para o avanço do setor primário no Amazonas. Esses foram alguns dos aspectos abordados pelo diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Edson Barcelos, durante a palestra “A contribuição da agricultura para o desenvolvimento do Estado do Amazonas’, realizada no âmbito do Fórum para o Desenvolvimento do Amazonas, coordenado pela Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Atualmente, 2,4% da cobertura floresta do Amazonas encontra-se modificada, o que representa 3,8 milhões de hectares. Devido às suas dimensões, de acordo com o presidente da Fapeam, o Estado dispõe de extensas áreas para expansão do Agronegócio, de forma sustentável. Contudo, deve-se contar com um forte processo de geração e incorporação de novas tecnologias. “Várias culturas podem ser eficientemente cultivadas num contexto de auto-abastecimento da população amazonense”, afirma.

Edson Barcelos, durante a palestra “A contribuição da agricultura para o desenvolvimento do Estado do Amazonas’
Ele destacou que a capacidade de contribuição do setor agrícola para o desenvolvimento do Amazonas é notória e pode ser visualizada se comparado com o que vem ocorrendo nos demais Estados da Amazônia (Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), os quais não dispondo de um parque fabril nos moldes do Polo Industrial de Manaus ( PIM) passam por um crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB), superior ao PIB amazonense, com forte participação do Agronegócio.
Durante a palestra, o diretor-presidente ressaltou ainda o potencial econômico de algumas culturas do setor primário no Amazonas, entre os quais, açaí e peixe, inclusive, com grande capacidade de geração de divisas tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo. Para ele, as intervenções são necessárias, contudo, é preciso respeitar o Código Florestal, o qual preconiza o uso de no máximo 20% da propriedade rural, excluindo as áreas de Proteção Legal, como parques e reservas.
Sobre o Fórum – Trata-se de iniciativa que tem por objetivo fornecer subsídios teóricos de modo a contribuir para com a solução dos problemas que entravam o desenvolvimento econômico e social do Amazonas. Além disso, visa a auxiliar na formação acadêmica dos estudantes e pesquisadores por meio de levantamentos de problemas e hipóteses que possam instigar o desenvolvimento da pesquisa regional, estimulando a proliferação de uma consciência amazônica voltada para a solução de problemas regionais, a partir de suas condições reais objetivas e no contexto de uma política de desenvolvimento autossustentável. Para viabilizar as discussões no âmbito da Academia, o Fórum realiza semanalmente seminários multidisciplinares e multissetoriais com a finalidade de debater sobre problemas regionais, buscando a sua compreensão numa perspectiva global e interrelacional. Participam representantes de diversos segmentos da sociedade.
Departamento de Difusão do Conhecimento- Decon