Educação no clima da floresta é tema de debate em escola de Manaus


13/06/2011 – Discutir questões ligadas ao meio ambiente e promover a conscientização dos estudantes de ensino médio e fundamental no mês em que se comemora a preservação do meio ambiente, estes foram os objetivos do ‘Seminário – Educação no Clima da Floresta’, promovido pela escola estadual Djalma da Cunha Batista, no auditório do Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Gilberto Mestrinho, zona Sul de Manaus, coordenado pelas professoras Gisele Palmera e Tânia Luz. 

 

A escolha do tema teve como objetivo trazer para serem discutidas, dentro da escola, algumas pesquisas que estão sendo desenvolvidas nos centros de excelência, de uma forma didática, a fim de desenvolver o senso crítico dos alunos.

 

Com a parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), o evento contou com as participações do Engenheiro Florestal, Niro Higuchi e do pesquisador Euler Melo Nogueira, ambos dos Inpa, apresentando palestras sobre o novo ‘Código Florestal’ e as ‘Mudanças Climáticas na Amazônia’, respectivamente e do representante do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) Janari Negreiros com a palestra: sensibilização ambiental.

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Segundo uma das coordenadoras do seminário, professora Tânia Luz, “é extremamente importante que se levem temas como esses para dentro das escolas, pois só assim os alunos possuem a chance de participar de discussões e desenvolver o senso crítico”, concluiu.

 

Para o pesquisador Euler Melo as pessoas na Amazônia, e especialmente no Amazonas, seriam as mais afetadas pelas mudanças do clima, uma vez que a Amazônia é responsável pela umidade que causa a chuva em boa parte do Brasil. “É muito importante que a sociedade, principalmente os estudantes, tenham consciência disso, por isso é necessário esses tipos de debates”, concluiu.

 

vspace=10Falando sobre o novo Código Florestal, o pesquisador e engenheiro florestal Niro Higuchi destacou que as discussões são sempre importantes no momento em que se prepara uma lei. Na opinião do professor, o que acontece é que muitas pessoas desconhecem as propostas do novo código e as modificações que ocorreram ao longo dos anos.

 

“O novo código não é ruim para a Amazônia, pelo contrário, é interessante, até porque a lei só vai valer para as terras privadas, e o Amazonas tem pouca terra pra isso e, ao contrário que muita gente pensa, a lei pode sim ajudar a diminuir o desmatamento na Amazônia”, alertou.

PCE

Ainda na programação do evento foram apresentados os resultados dos projetos do Programa Ciência na Escola (PCE), edição 2011, financiado pela FAPEAM. De acordo com a professora Tânia Luz, ao todo a escola inscreveu 22 projetos e teve a aprovação de 4, nas áreas de Geografia, Educação Física e Artes.

 

Para a estudante do 9o ano do ensino fundamental, Gabriela Oliveira, que participou do projeto ‘Organização Social e Ambiental do Igarapé da Cachoeirinha e a Perspectiva de aprendizado no presente com os olhos voltados para o futuro’, na edição anterior do PCE o projeto serviu como um  aprendizado. “Eu pude aprender várias coisas, inclusive como se deu a evolução ao longo dos igarapés de Manaus, até os dias de hoje com o projeto Prosamim”, concluiu.

 

Ao final do seminário, os alunos receberam mudas de plantas frutíferas doadas pela SDS, para que fossem levadas para casa e plantadas.

 

Foto 1 – Niro Higuchi conversa com estudantes (Tânia Luz)                     

 

Redação: Valdir Torres

Edição:  Ulysses Varela – Agência FAPEAM

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