Áreas alagadas são tema de Workshop no Inpa
28/04/2011 – Com destaque para a expansão das áreas de abrangência e a possibilidade de se fazer uma tipificação mais robusta das áreas alagadas na Amazônia, a coordenadora do Pronex ‘Tipologias Alagáveis’, Maria Teresa Fernandez Piedade, abriu o segundo dia de atividades do 3º Workshop do projeto, ocorrido na manha da quarta-feira, 27 de abril.
Em sua apresentação – realizada no auditório da biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) – Piedade enumerou alguns dos principais resultados alcançados até o momento pelo projeto, que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), através dos treinamentos recebidos por alunos, na organizações de eventos e nas aulas ministradas por participantes do projeto em Universidades pelo Brasil, como por exemplo, na Universidade de Brasília (UnB) e a Federal do Mato Grosso (UFMT).
Segundo a pesquisadora, o Pronex ‘Tipologias Alagáveis’ tem o intuito de determinar a situação atual dos solos, da água e da vegetação, avaliando o potencial de uso, além da realização de estudos comparativos e elaboração de planos de manejo. “Entre 2005 e 2010 expandimos muito as nossas áreas de abrangência e isso mostra como hoje podemos fazer uma tipificação muito mais robusta das áreas alagadas”, ressaltou.
Previsto para ser encerrado em dezembro deste ano, o projeto tem o desafio de desenvolver estratégias das atividades e a captação de recursos para continuar em funcionamento. “Pretendemos fazer um balanço das ações e a compilação dos resultados e produtos”, explicou a pesquisadora.
Conforme o pesquisador Florian Wittmann, do Instituto Max Planck de Química (MPI) e participante do evento, as áreas alagadas são ricas em espécies arbóreas. Segundo Wittmann, a vegetação nos trópicos está sujeita a oito metros de alagação todos os anos, com as grandes cheias. “Como uma espécie terrestre consegue tolerar isso? Ainda não temos essa resposta, mas é um fenômeno que promove adaptação”, afirmou.
Pesquisas também ocorrem no Paraná e Pantanal
O vice-coordenador do Instituto Nacional de Áreas Úmidas (Inau), Paulo Sousa, apresentou aos participantes os resultados de trabalhos em quatro áreas úmidas: Paraná, Pantanal, Araguaia e Guaporé. O pesquisador destacou os serviços ambientais que essas áreas prestam à humanidade e comentou sobre a elaboração de manejo sustentável para proteção dos recursos naturais e das pessoas que vivem nestas comunidades.
Sousa destacou a entrega do prédio do Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP), a ser entregue ainda este ano pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). “Vai funcionar como um ‘irmão’ do Inpa, mas só o prédio será entregue em 2011, o funcionamento deve começar no próximo ano”, informou.
Sobre o programa
Programa de estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento científico no País, o Pronex confere a grupos de alta competência, com liderança em seus setores de atuação, o desafio de trazer resultados em diversas áreas do conhecimento. A programação do 3º Workshop prossegue até esta quinta, 28 de abril.
Alessandra Karla Leite – Agência FAPEAM