Ministro de C&T discute ações para a Amazônia
25/01/2011 – No primeiro dia de visita à cidade de Manaus, nesta segunda-feira (24), durante reuniões com dirigentes de instituições das áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação da região amazônica, o Ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, prometeu criar ações para fixar pesquisadores na região Norte e meios de facilitar o processo de patentes.
Durante o discurso, no Auditório da Ciência no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), Mercadante falou para uma plateia composta por alunos, pesquisadores, coordenadores e diretores das instituições científicas locais sobre a importância de recursos humanos para a região aliada ao conhecimento. “Produção científica é a base do processo de aprendizado da democratização e socialização do conhecimento”, explicou Mercadante.
Patente
O ministro prometeu, para os próximos dias, uma audiência com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, juntamente com as instituições de pesquisa da região Norte, para a criação de um escritório do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) na região.
“Pretendemos trazer técnicos para cá, para criar uma cultura de patentes, a fim de facilitar, baratear, agilizar e ajudar a produzirmos mais patentes”. O Inpa finalizou o ano de 2010 com nove processos e produtos patenteados. Nesses 56 anos de existência, o Instituto tem, ao todo, 61 produtos e processos protegidos.
Como meio de aliar o conhecimento, a conservação da biodiversidade e o crescimento econômico, um dos pontos destacados pelo ministro foi a geração de renda para a região, a partir dos produtos gerados pelas pesquisas. “Nós precisamos de mais pesquisadores que tenham coragem de se dedicar à Amazônia”, destacou.
Recursos humanos
Outro fator preocupante que Mercadante destacou na reunião foi a insuficiência de pesquisadores para a dimensão que é a região amazônica. Segundo ele, mesmo com o destaque que o Brasil tem no cenário internacional, a formação de recursos humanos ainda é um grande desafio para o Brasil, sendo necessária a criação de uma política mais eficaz de fixação de doutores.
Reunião
Pela parte da manhã, o ministro se reuniu com vários representantes de instituições como o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amazonas (SECT) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).
Participaram também coordenadores dos projetos de pesquisas, parceiros do Inpa e dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Os representantes apresentaram o histórico, estrutura, resultados e pesquisas desenvolvidas nesses institutos.
À tarde, o ministro participou do lançamento da pedra fundamental da Trilha Suspensa do Bosque da Ciência – Inclusão Social, e visitou o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).
Nesta terça-feira (25), o ministro terá uma agenda na sede do Governo e conhecerá a Reserva Adolpho Ducke, onde o Inpa tem vários projetos desenvolvidos dentro da Reserva Experimental, localizada no Km 26 da rodovia AM-010.
Rede de pesquisas
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) vai participar da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima). O anúncio foi feito durante a visita do Ministro ao Inpa.
De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre, a Rede Clima atuará a partir deste ano e com mais três novos sub-temas: oceanos, desastres naturais e serviços ambientais dos ecossistemas, sendo que este último, o Inpa passará a coordenar.
“É uma coordenação nacional e hoje nós vimos nas apresentações do Inpa, Museu Emílio Goeldi e do Instituto Mamirauá que esse assunto é importantíssimo”, declarou.
Mercadante destacou a importância da Amazônia para a ciência brasileira e disse que a região será uma das prioridades da pasta. “A Amazônia merece um olhar diferenciado do Brasil, o país tem que entender que aqui nós temos quase metade do nosso território, o maior patrimônio genético, além do maior centro de biodiversidade e, portanto, tem a importância estratégica da sustentabilidade”, enfatizou.
Segundo o diretor do Inpa, Adalberto Val, a participação do Instituto na Rede Clima será importante para a região. “O Inpa se preparou para isso, pois tem um conjunto de pesquisadores e equipamento, além de várias informações que o credencia para executar o trabalho”, disse Val.
Foto 1 – Ministro falando a dirigentes de instituições (Flávio Ribeiro)
Foto 2 – Staf de pesquisadores do INPA (Eduardo Gomes)
Agência FAPEAM
(Com informações de Josiane Santos e Daniel Jordano – ASCOM/INPA)