Bancos genéticos de vegetais ajudam a conservar a biodiversidade


20/01/2011 – Para poder investigar as possibilidades de uso de espécies da biodiversidade amazônica e sua aplicação é necessário antes conhecer, caracterizar e conservar essa diversidade. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem avançado nos conhecimentos práticos e teóricos sobre o manejo e conservação dos recursos genéticos e mantém bancos ativos de germoplasma em várias regiões do País.

No Amazonas, a Embrapa Amazônia Ocidental possui dez bancos ativos de Germoplasma onde estão caracterizadas amostras de vegetais importantes para a região, visando preservar a ampla variabilidade genética desses materiais para estudos atuais e futuros. Um Banco Ativo de Germoplasma (BAG) destina-se a manter amostras de espécies diversas mais acessíveis para a pesquisa. Pode ser  in situ, em ecossistemas e habitat natural ou ex situ, fora do seu habitat natural.

vspace=10Os BAGs também servem para que sejam realizadas pesquisas de melhoramento, utilizando as variedades de plantas que tenham características de interesse para aumentar a produtividade, resistência a doenças, vantagens nutricionais entre outras. Permitem, ainda, desenvolver estratégias de conservação para gerações atuais e futuras. “Um BAG é constituído em longo prazo, portanto, é uma infraestrutura permanente, um patrimônio que promove inovação, agregação de valor e disponibilização de germoplasmas para programas de melhoramento genético, fitotecnias, biotecnologia e inclusão socioeconômica”, explicou o chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Amazônia Ocidental, Celso Azevedo.

Entre os BAGs existem acervos exclusivos de plantas de extrema importância para a biodiversidade. O banco de germoplasma de guaraná, por exemplo, é o único do mundo e está no Amazonas. É um importante patrimônio, uma vez que não há registros da ocorrência de populações naturais de guaranazeiro em outras regiões do País.

Os bancos de dendê e de caiaué da Embrapa, também localizados no Amazonas, são os mais completos mantidos no continente americano.  A diversidade dessas palmeiras de óleo já permitiu o desenvolvimento de cultivares altamente produtivas e com padrão de qualidade reconhecido internacionalmente.

Na Embrapa também são mantidos bancos genéticos com variedades de cupuaçu, de mandioca, de plantas medicinais, aromáticas e condimentares, de fruteiras nativas tropicais, que incluem espécies nativas e exóticas da Amazônia e  coleções de espécies florestais, de pupunha e de Croton sp e Arrabidaea sp.

O BAG de cupuaçu reúne variedades desse fruto coletadas e mantidas em todos os estados da região amazônica. Esses materiais têm sido utilizados no programa de melhoramento genético do cupuaçuzeiro e permitido o desenvolvimento de clones com alta produtividade.

Agência FAPEAM

Com informações da Embrapa Amazônia Ocidental (Síglia Regina)

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