Seminário Internacional discute período da borracha


24/08/2010 – As relações transatlânticas e inter-latino-americanas do período da borracha, suas contribuições e prejuízos para o Amazonas serão temas de discussão na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) até esta quarta-feira (25/08). A instituição promove o Simpósio Internacional Roger Casement, evento que trata, entre outros assuntos, sobre os ganhos trazidos para o Estado, a partir de 1910 com a viagem deste Cônsul-Geral Britânico.
 

De caráter multidisciplinar, o Simpósio abrange áreas como fotografia, cinema e arte. A abertura aconteceu na segunda-feira (23/08), no auditório Rio Solimões, no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e está subdividido em quatro partes: “História e Memória”, “A Amazônia e sua Literatura”, “Personalidades” e “A Amazônia e a Tela”.
 

Gratuito

De acordo com a professora Denize Piccolotto, que faz parte do Comitê Organizacional Local, o evento é gratuito e está aberto ao público em geral. A programação inclui palestras, exposições, painéis de comunicações, além de outras atividades. Nomes como o de Angus Mitchell (Historiador e editor de “The Amazon Journal of Roger Casement”), Maureen Murphy (Hofstra University, New York) e Juan Álvaro Echeverri (Instituto Imani, Universidad Nacional de Colombia) estão na lista dos palestrantes.

O Simpósio discute ainda as questões de fronteiras, diásporas, modernidade, a economia e a  política da indústria da escravidão do Atlântico, globalizações, gênero, direitos humanos e a justiça do meio ambiente.

Para se inscrever no Simpósio Internacional Roger Casement, é preciso baixar a ficha de registro no site do evento e enviá-la para simposiocasement@gmail.com.

 

Programação

vspace=10A programação da tarde desta segunda-feira (23/08) introduziu o tema “A Amazônia e sua literatura” ao simpósio. Maureen Murphy, professora da Hofstra University de Nova York, apresentou a palestra “Ghosts and Roger Casement in the Work of W.B. Yeats”, moderada pela professora da Universidade de São Paulo Laura Izarra, no Auditório Rio Negro do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Nesse trabalho, explanou-se acerca da representação de Casement e sua relação com a tradicional simbologia dos fantasmas do folclore irlandês na obra do poeta Yeats.

Em seguida, o professor da Universidade Estadual Paulista Peter James Harris apresentou “Thank God that I am an Irishman!: Roger Casement´s Amazon homecoming”. A palestra contou com a mediação do historiador Angus Mitchell e tratou de diversos aspectos dos diários de Casement na Amazônia e o que o levou a realizar tal aventura. Segundo Mitchell, os diários de Casement são ainda hoje um objeto de estudo curioso, uma vez que há visões insatisfatórias sobre a abordagem de seu conteúdo.

 

Mudanças

Roger Casment ancorou na Amazônia em 1910, na missão de investigar oficialmente os crimes contra a humanidade na fronteira entre Peru, Colômbia e Brasil. Nesse período, a demanda pela planta da borracha mudou a política econômica do mundo e o Cônsul promoveu mudanças na mentalidade da população local, já acostumada com as complicações da queda da principal fonte de economia da época: a borracha. 

Outros detalhes estão disponíveis no site www.simposiocasement.ufam.edu.br.

 Foto 1: Sessão de pôsteres é uma das atrações da programação. (Foto: Sebastião Alves Filho)

Agência Fapeam
Com informações da Ufam

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