Sarcoma de Kaposi é tema de palestra na FMTAM
22/07/2010 -Conhecida como uma doença sistêmica multifocal maligna com uma evolução clínica muito variável, o Sarcoma de Kaposi é uma das manifestações mais frequentes em portadores de HIV/Aids. A doença é marcada pelo aparecimento de lesões cutâneas, mas também pode ocorrer envolvimento das mucosas, sistema linfático, e em particular, do pulmão e tubo digestivo.
Com o objetivo de demonstrar a variabilidade clínica que o Sarcoma de Kaposi pode assumir, assim como debater sobre a epidemiologia e a evolução da doença, a doutora em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Beatriz Trope, realiza palestra na manhã desta sexta-feira (23), no auditório da Fundação de Medicina Tropical do Estado do Amazonas (FMTAM).
Para Trope, a doença tem uma grande importância, porque sozinha ela já categoriza o paciente como sendo portador da AIDS. De acordo com a médica, o portador pode ter várias manifestações oportunistas do vírus, todavia somente após uma série de situações (fases pontuais) é que se categoriza o portador do vírus como portador da doença. “O Sarcoma de Kaposi sozinho já vale como todas as etapas” explicou.
Ainda segundo Trope, a doença pode se manifestar desde uma lesão simples até um quadro muito extenso. Pode ser assintomática e levar o indivíduo ao óbito. “Independente da AIDS, o Sarcoma de Kaposi pode matar o doente. Os sintomas mais frequentes são manchas, nódulos ou caroços de cor vermelha ou vinhosa. O local mais comum de acometimento inicial é a pele.
Palestra integra a programação do V Simpósio de Dermatologia da FMTAM
A apresentação faz parte do V Simpósio de Dermatologia Infecciosa do Amazonas, promovido pela FMTAM que acontece até o próximo sábado (24), nos auditórios 1 e 2 da instituição.
O evento tem por objetivo proporcionar aos profissionais da saúde de Manaus, informações e conhecimentos sobre as doenças relacionadas com a dermatologia, área em que a FMTAM é referência.
Na visão da palestrante, o Brasil tem extensões continentais e a troca de saberes e de experiências dos grupos de pesquisas colaboram na complementação de conhecimentos.
“Apesar de ter uma vasta experiência no centro de referência de pesquisa em AIDS no Rio de Janeiro, que é o Hospital Clementino Fraga Filho, é necessário partilhar os ‘olhares diferentes’ dos mesmos assuntos, especialmente na área de doenças infecciosas”, observou.
Carlos Fábio Guimarães – Agência Fapeam