Pesquisa aponta produção integrada para incrementar citricultura no AM

O projeto “Desenvolvimento da Citricultura e Implantação do modelo de Produção Integrada no Estado do Amazonas”, desenvolvido pela Embrapa e financiado pela Fapeam, tem como foco principal a transferência e difusão de tecnologias para alcançar uma produção integrada na de frutas cítricas.

A estratégia para a execução do projeto será baseada na integração entre ações de transferência de tecnologia e de pesquisas complementares para subsidiar o desenvolvimento da citricultura no Amazonas.

Com o aporte de R$ 600 mil, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) está apoiando o projeto por meio do Programa de Apoio à Consolidação das Instituições Estaduais de Ensino e/ou Pesquisa (Pró-Estado) em parceria com a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).

Produção intergrada

O pesquisador da Embrapa e responsável pelo projeto, Marcos Vínicius Bastos Garcia, explicou que a produção integrada é um sistema moderno de produzir alimentos no qual há controles permanentes em diferentes fases da produção, o que conduz à obtenção de alimentos de alta qualidade com segurança para o consumidor e produtor, minimizando o uso de insumos contaminantes, o que resulta na preservação do meio ambiente.

Garcia contou que a Produção Integrada de Frutas (PIF) surgiu como um processo alternativo ao modelo convencional adotado pelos produtores brasileiros influenciados pela “Revolução Verde”, modelo caracterizado pelo uso intensivo de insumos que tem por finalidade apenas o aumento da produtividade.

Para atingir o objetivo proposto serão desenvolvidas ações para diagnosticar a produção de citrícos, visando a identificar seus principais problemas e necessidades de ajustes frente às exigências previstas na produção integrada.

Para isso será necessário realizar, em unidades-piloto, estudos técnicos comparativos entre os Sistemas de Produção Integrada de Citros (PIC) proposto e o Sistema de Produção Convencional (PC), atualmente em uso pelos produtores do estado, buscando comprovar para o produtor sua viabilidade técnica e econômica.

“Vamos garantir o estabelecimento de base tecnológica para dar suporte técnico a PIC através da organização de equipes multidisciplinares e interinstitucionais”, explicou.

Pragas serão controladas

Com base no monitoramento, serão disponibilizados aos produtores conhecimentos científicos a respeito da ocorrência das principais pragas e doenças que ocorrem em plantações, com a finalidade de aprimorar o Manejo Integrado de Pragas (MIP), permitindo maior eficiência no controle, menores custos e redução do uso de agrotóxicos.

De acordo com o pesquisador, o município com maior potencial na área de citricultura no Amazonas é com maior área plantada é Rio Preto da Eva, mas há grande potencial de crescimento nos arredores de Manaus, Presidente Figueiredo, Iranduba, entre outros.

Garcia garantiu que a  auto-suficiência na produção de citros no Amazonas vai depender de vários fatores. Por outro lado, a difusão do sistema de produção integrada pode estimular outros produtores rurais investir na produção de cítricos já que a adoção deste modelo implica em menor custo de produção além agregar valor ao seu produto.

“Já existem variedades de cítricos que produzem bem na região. Entretanto, há necessidade de testar outras variedades que sejam mais tolerantes às doenças, por exemplo”, finalizou.

Sobre o Pró-Estado
De acordo com a decisão do conselho superior da FAPEAM, o objetivo do Pró-Estado, tem o objetivo de incentivar a adoção de política de C&T e a criação de núcleos de pesquisa nas instituições estaduais do governo do Estado.  O intuito é de gerenciar e produzir conhecimentos com vistas ao melhoramento das políticas públicas e das ações do governo do Estado e consolidar o desenvolvimento da pesquisa científica, tecnológica e inovação nas instituições de pesquisa e/ou ensino superior estaduais.

Marcelo Vasconcelos – Agência Fapeam

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