A Exposição
Manaus é a segunda cidade brasileira a receber a exposição “Luiz de Castro Faria – o trabalho de campo e a Antropologia”. Ela já passou por Goiânia, há dois meses, durante o Congresso da Associação Brasileira de Antropologia (ABA).
Com 13 grandes painéis fotográficos e textos, a exposição apresenta o trabalho e as idéias de um dos principais fundadores da Antropologia no Brasil: o pesquisador Luiz Castro Faria. Ela será aberta amanhã (29) às 20h, no Centro Cultural Palácio da Justiça (Av. Eduardo Ribeiro – Centro), com um coquetel. O público poderá visitar a exposição entre quarta-feira (20) e 27 de setembro.
A vinda da exposição para Manaus é fruto do esforço dos mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), especialmente dos que estão matriculados na disciplina “História, Cultura e Movimentos Sociais na Amazônia”, ministrada pelo professor visitante Alfredo Wagner de Almeida (bolsista Fapeam do Programa DCR). A iniciativa recebeu apoio do Museu de Astronomia (RJ), do CNpQ, da ABA, do Tribunal de Justiça do Amazonas, da Secretaria Estadual de Cultura e da Associação dos Amigos da Cultura.
SOBRE LUIZ DE CASTRO FARIAS
Luiz de Castro Faria começou a produzir em 1936, quando entrou para o Museu Nacional (localizado no Rio de Janeiro). Só a morte o fez parar de trabalhar, em 2004. Em suas inúmeras viagens de campo, o pesquisador exercitou a paixão pela fotografia.
Castro Faria participou da última grande viagem científica que percorreu a Amazônia – a “Expedição Serra do Norte”, realizada em 1938. Dela surgiu o famoso livro “Tristes Trópicos”, escrito pelo coordenador da expedição, o francês Levis-Strauss. Sessenta anos depois, o brasileiro também publicou suas impressões críticas sobre essa experiência: “Um outro olhar”, considerado pelos críticos seu livro mais importante.
A obra de Castro Faria é uma reflexão profunda sobre os diferentes modos como o Brasil foi visto e interpretado. Ele dedicou atenção especial à Amazônia, combatendo a naturalização das ciências sociais. As fotos da exposição refletem essa valorização do homem como agente social, não como mero adereço da paisagem.
Maiores informações: Thaís Brianezi (9601-6110) e Silvana Barroso (9196-3701)