A redução de gases poluentes está relacionada a políticas ambientais ou a crises financeiras?
27/12/2010 – Muitos são os acordos que acontecem de tempos em tempos para que se estabeleçam metas entre as nações com o objetivo de reduzir o lançamento de gases do efeito estufa na atmosfera. Esse é um esforço que mobiliza os países há décadas, o último foi em Cancun no México, em dezembro. A mais recente conquista nesse sentido foi o declínio de 1,3% das emissões globais de gás carbônico, entre 2008 e 2009. Mas, ao contrário do esperado, esse número não teria sido resultado da política ambiental dos países e sim da crise financeira mundial.
Essas são as conclusões de um estudo sobre a tendência global do carbono realizado por pesquisadores norte-americanos, australianos e europeus. Os resultados indicam que as variações das emissões de gás carbônico seguem de perto o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. A pesquisa, publicada na página da revista Nature Geoscience na internet, baseou-se em estatísticas que calculam anualmente o estoque de carbono mundial.
Pierre Friedlingstein, pesquisador da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e um dos autores do artigo, explica que é difícil ter certeza de que os esforços dos países para reduzir as emissões não contribuíram com a queda observada. Mas garante que, durante o intervalo de um ano, existe uma relação determinante entre o carbono liberado por cada nação e sua economia.
“Pode-se sempre argumentar que a queda das emissões é, em parte, devida a políticas para reduzi-las”, considera Friedlingstein. “No entanto, a variação anual das emissões está estreitamente ligada à variação do PIB. As estatísticas mostram que países severamente atingidos pela crise financeira iniciada em 2008 sofreram uma grande queda nas emissões”.
A influência da economia nesse cenário vai além. A qualidade das emissões de um país é representada por um índice conhecido como intensidade de carbono, que equivale à concentração de gás carbônico emitido por cada unidade monetária de seu PIB. Esse índice leva em consideração que, quanto maior a intensidade do combustível fóssil, ou seja, quanto mais poluente ele for, menor é a eficiência do país em termos de carbono.
Segundo Friedlingstein, nas economias emergentes, a intensidade de carbono é aproximadamente o dobro da de países desenvolvidos. “O índice da China é 0,23 kg de carbono emitido por unidade monetária, enquanto nos Estados Unidos é 0,10 kg”, exemplifica. “Isso acontece porque as economias de países emergentes usam principalmente o carvão como combustível”. Vale destacar que esse mineral é um dos combustíveis fósseis mais poluentes.
Diante desse cenário, o Você Opina traz a seguinte questão: Você acha que a recente redução de gases poluentes na atmosfera está relacionada aos resultados das políticas ambientais ou às crises financeiras que acontecem no mundo?
A pergunta está lançada. Participe!
Resultado da Enquete anterior sobre livros digitais:
Na última enquete o Você Opina abordou a viabilidade dos livros digitais, visto que a pressão dos ambientalistas pelo desenvolvimento sustentável e a redução dos impactos ambientais pelo homem têm levado a humanidade a desenvolver novas tecnologias para se adequar a esta forma de pensar a vida e o futuro do planeta. Uma destas ações inclui a redução do uso do papel para os mais variados fins.
Uma nova onda que ameaça mudar os costumes de quem gosta de ler são os livros digitais (e-books), que agora passam a ser disponibilizados para serem lidos em pequenos equipamentos eletrônicos portáteis.
Os livros são baixados e, por meio da tela, pode-se mudar a página ver figuras e até montar uma verdadeira biblioteca digital.
Diante disso, perguntamos aos internautas: Você acredita que o livro digital (e-book) pode suplantar o livro em sua forma tradicional impressa?
Após um período no ar, o resultado foi o seguinte: no total 600 pessoas participaram da enquete, dessas, 103, ou seja, 17% acreditam que sim, o livro digital pode suplantar o livro impresso. Por outro lado, 448 pessoas, 75%, votaram que não. Outras 49 pessoas, disseram talvez (8% dos votantes).
Confira o Resultado:
Você acredita que o livro digital (e-book) pode suplantar o livro em sua forma tradicional impressa? Respostas Votos Percentual Sim 103 17% Não 448 75% Talvez 49 8% Totais: 600 votos 100
Agência FAPEAM