Ações da Fapeam são apresentadas na reunião do Confap


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BELÉM – O governador do Amazonas, Eduardo Braga, foi o conferencista de abertura da reunião do Conselho Federal das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), nesta segunda-feira, às 14h30, no primeiro dia da 59a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC), em Belém. Braga foi convidado para apresentar o tema “Investimentos em Ciência e Tecnologia no Estado do Amazonas: Impactos e Desafios”, enfatizando a articulação da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Sect) e as ações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Acompanhado do secretário de C&T, José Aldemir de Oliveira, e do diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, que também é presidente do Confap, Braga iniciou sua apresentação explicando o funcionamento do Sistema Estadual de C&T, que compreende, além da Sect e da Fapeam, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). Em seguida, concentrou sua explanação na Fapeam, instituição governamental de oferta de fomento. “É com orgulho que estou aqui para falar da Fapeam porque, em 1999, eu fui o relator da Constituição do Amazonas e naquela ocasião eu a criei, fazendo a vinculação de um pequeno percentual da receita do Estado. Infelizmente, por falta de vontade política dos governantes, a Fapeam só saiu do papel em 2003, quando eu já estava como governador”.

Braga destacou que, em menos de cinco anos, 34 programas de apoio à pesquisa e de concessão de bolsas em todos os níveis são oferecidos pela Fapeam. “Só de mestrado e doutorado são mais de 600 bolsistas”, salientou o governador. Somado a esse montante, também foram executados R$ 7,6 milhões do Governo Federal. A implementação desses programas significaram, segundo Braga, investimentos da ordem de R$ 70,5 milhões do Tesouro Estadual, que foram incrementados com R$ 7,6 milhões do Governo Federal, no período de 2003 a 2006. Além disso, desde o ano passado, houve a captação de mais recursos federais, por meio de convênios com CNPq, Capes, Finep, Fiocruz e Ministério da Saúde. Esse montante significará R$ 50,6 milhões a mais no Amazonas até 2010.

“Ter uma fundação estadual de amparo à pesquisa é realmente estratégico. Eu recomendaria a todos os governantes que ainda não possuem uma FAP em suas estruturas de governo que a implementem”, sugeriu Braga. Também foi enfatizada pelo governador a formação de jovens pesquisadores no interior do Estado, em especial a resultante de projetos de pesquisa vinculados ao Programa Jovem Cientista Amazônida – JCA. “É algo que tem proporcionado a inclusão social pela ciência, numa articulação entre as instituições de pesquisa e as comunidades locais”, disse, acrescentando que o JCA envolve pesquisadores, escolas, estudantes, familiares e lideranças locais.

Braga ratificou o que havia exposto pela manhã, no debate com a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, no que diz respeito à necessidade de se investir em C&T para vencer os desafios das desigualdades intra e inter-regionais, sobretudo na formação de recursos humanos. Outras ações também foram apresentadas pelo governador, entre elas, o investimento em inovação tecnológica em empresas, com cerca de R$ 11,5 milhões que serão ofertados por meio de cinco novos programas, a partir de agosto deste ano até o final de 2008.

A avaliação do governador sobre a atuação da Fapeam é muito positiva e isso se deve graças ao esforço de uma equipe comprometida com o desenvolvimento da Amazônia. “A gente tem um dito popular que diz que quando você tem algo que é tão precioso e que deve ser guardado com carinho, você deve guardar como se fosse uma jóia da coroa. A Fapeam é uma jóia da coroa, que precisa ser guardada para que a população possa cada vez mais ser preparada, ser qualificada, olhando para o futuro na ciência, na tecnologia, no ensino fundamental, no ensino superior, fazendo com que o Amazonas possa, a partir da ciência e tecnologia, descobrir qual a melhor forma para usar a natureza de maneira a beneficiar o nosso próprio povo”, concluiu.

Ana Paula Freire – Decon/Fapeam

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