Alunos aprendem sobre extração de óleos essenciais


Colocar em prática tudo que foi aprendido nas aulas de química e despertar o interesse de alunos pela ciência. Esse foi um dos objetivos do projeto "Extração de óleos essenciais de plantas aromáticas e condimentares". A pesquisa foi realizada pela professora Solange Maria Almeida Freitas, da escola estadual Djalma da Cunha Batista, localizada na zona sul de Manaus, e contou com a participação de cinco estudantes do nono ano, com idades entre 14 e 15 anos.

O projeto foi desenvolvido dentro do Programa Ciência na Escola (PCE), mantido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com as Secretarias Estadual (Seduc) e Municipal (Semed) de Educação. A pesquisa é uma das atrações da SBPC Jovem, que ocorre até sexta-feira (17/7) dentro da 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

A professora explicou que o projeto iniciou em junho e foi concluído em dezembro de 2008. Durante a execução, eles tiveram acesso aos conhecimentos sobre o potencial econômico da biodiversidade amazônica, sobre os princípios ativos e sobre as substâncias que podem ser extraídas e aproveitadas pela indústria de cosméticos.
"Foram analisados o tipo específico de capim limão, pimenta longa e alfavaca. Para nossa surpresa, todos possuíam características que poderiam ser aproveitadas pela indústria da beleza", observou.

Segundo a professora, a alfavaca, por exemplo, possui um tipo de eugenol que é usado na odontologia devido à ação antisséptica e analgésica. No capim limão, é encontrado o citronalol usado em cosméticos, devido ao cheiro agradável. A pimenta longa tem um princípio ativo chamado safrol, que pode ser usado como bioinseticida natural no controle de pragas, pois dispensa o uso de produtos químicos. O produto também pode ser usado em problemas de pele causados por fungo, como unheiras.

Durante a execução do projeto, os alunos puderam conhecer a biblioteca e o herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), além do horto. "Dessa forma, eles puderam entender o processo de coleta, a identificação, a catalogação, a secagem e a armazenagem da amostra", informou, acrescentando que os alunos acompanharam no laboratório da Coordenação de Pesquisas em Produtos Naturais (CPPN/Inpa) a mudança dos estados físicos da substância analisada. Ou seja, eles puderam colocar em prática tudo aquilo que aprenderam nas aulas de química.

O sucesso do trabalho, segundo a professora, só foi possível porque contou com cerca de R$ 3 mil para despesas diversas com a pesquisa, que foi disponibilizado pela Fapeam. Além disso, os alunos receberam bolsa de R$ 120; um professor obteve bolsa de técnico no valor R$ 360 e o professor coordenador recebeu bolsa de R$ 461, durante os seis meses de execução do projeto.

Luís Mansuêto – Agência Fapeam

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