Alunos de Agronomia da Ufam fazem experimentos que envolvem o manejo de milho, feijão e mandioca


17/01/2014 – Com o objetivo de aproximar teoria da prática, os alunos do curso de Agronomia do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (Icet) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) estão realizando vários experimentos que envolvem o manejo de milho, feijão e mandioca. Os experimentos fazem parte dos projetos de iniciação científica coordenados pelo professor doutor Aristóteles de Jesus Teixeira Filho.

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Nos fundos do Icet foi montado um campo experimental, no qual as três culturas foram separadas por setores e estão sendo testadas para avaliar as suas diferentes respostas frente à adubação mineral NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), orgânica (esterco bovino) e o cultivo convencional, sem adubação. O objetivo é comparar a produção das variedades e relacioná-las ao custo-benefício da adubação, vislumbrando uma alternativa para o produtor rural da região.

O aluno responsável pelo experimento de feijão (cultivares IPEAN V-69 e BR 8 Caldeirão), que é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Reikson Benezar Carvalho, conta que o experimento visa mostrar ao produtor as vantagem da adubação. “Depois da análise do solo, dividimos a área em três partes: uma recebeu adubação com esterco bovino, outra com NPK, e na terceira, denominada testemunha, o cultivo sem adubação, e é notório o vigor entre os seguimentos adubados, já testemunha o vigor vegetativo da planta bem inferior aos demais sistemas comparados. Queremos que o produtor avalie isso tenha uma alternativa ao plantio convencional”, explicou.

Na quadra o milho (cultivar BR 5110), cujo experimento é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) o aluno Walace Braga Lira conta que está avaliando o sistema mais adequado, comparando o custo produtivo para o produtor de milho da região. “Estamos verificando até término desse plantio, qual dos três tratamentos é o melhor, no nosso caso a adubação mineral e orgânica estão se destacando em altura da planta, a uniformidade dela com o solo também está bem avaliada, após a colheita será possível verificar a produção média por hectare de cada área e definir o método mais adequado”, afirmou.

O projeto do cultivo da mandioca da variedade conhecida regionalmente como ‘de seis meses’ é financiado também pela FAPEAM e tem como bolsista a aluna Maria do Socorro Barros Martins. Nesta área também é notória a diferença entre as plantas com e sem adubo e na ocasião da colheita essa mandioca também seguirá para analise estatística semelhante à do milho e do feijão para ver qual o melhor tratamento de solo a ser aplicado para se conseguir boa produtividade em termos de raiz e parte aérea, comenta o professor Aristóteles.

De acordo com o professor Aristóteles “a ideia aqui também é mostrar para o agricultor um plantio sistematizado e não como se tem visto por aí onde as pessoas plantam um pé ali, outro pé acolá, ou seja, não obedecem ao espaçamento que é sugerido pela literatura ou pelos dos órgãos de pesquisas, então quando não se usa o espaçamento adequado acontece de ter uma planta no sul, outra no norte, uma no leste, outra no oeste mais você não tem um número grande de plantas por hectares”.

O professor Aristóteles lança um convite aos agricultores da região “espero que um grupo de agricultores venha visitar a nossa área, para que possa verificar visualmente que há distinção entre os tratamentos e que há distinção em número de plantas por área, sinalizando que eles deveriam plantar utilizando esse espaçamento ou outro sugerido pela literatura, de maneira que pudessem aumentar a sua produção de milho, de feijão, de mandioca ou de outra cultura qualquer, seja em um hectare ou menor ou maior”, afirmou.

A falta de sistematização na lavoura traz consequências desastrosas à economia, como o aumento exagerado de preço e até mesmo o desabastecimento, como o foi caso do ano passado como o preço da farinha de mandioca bastante inflacionado decorrente da menor disponibilidade de farinha no mercado.

Fonte: Ufam