Amazonas busca fortalecer área de Entomologia


13/10/2011 – A necessidade de fortalecimento das pesquisas na área de Entomologia e da formação de novos pesquisadores foi a tônica da mesa-redonda ‘O financiamento de projetos em pesquisas entomológicas a nível regional’. O debate contou com a participação da diretora-presidenta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Maria Olívia de Albuquerque Simão, e do pesquisador mexicano Heron Huerta.

A mesa-redonda faz parte da programação do 1º Encontro Latino-Americano sobre Ceratopogonidae, 7º Encontro Brasileiro sobre Chironomidae e 4º Encontro Latino-Americano sobre Simuliidae, eventos que são realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no auditório do Bosque da Ciência. Com o tema ‘Desafios e tendências nos estudos em Culimorpha’, o encontro iniciou no último domingo, 9 de outubro, e se encerrou na última quarta-feira, 12 de outubro.

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Durante o evento, a presidenta da FAPEAM mostrou números que demonstram a situação dos grupos de pesquisas entomológicos no País, na região e no Amazonas, a partir de dados obtidos pelo Censo de 2010 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/olivia%20imagem.jpg

“Hoje, temos no País 108 grupos de pesquisa. Desse total, apenas 12% estão localizados na Região Norte e 7,4% no Amazonas, o que demonstra a necessidade de tornarmos o Estado mais atraente para cientistas que queiram realizar seus trabalhos aqui. Possuímos uma enorme biodiversidade e precisamos usá-la nessa negociação”, pontuou.

Quanto à formação de entomólogos, Maria Olívia disse que o Programa de Desenvolvimento Científico e Regional (DCR) pode ser uma ferramenta para atrair pesquisadores às instituições do Amazonas. Ela explicou que por se tratar de um convênio com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a FAPEAM entra com 25% do valor da bolsa, além de ajudar com recursos para auxílio-pesquisa, por exemplo. Contudo, “a fixação de cientistas é por tempo determinado”, lamentou e acrescentou que as instituições locais precisam criar ferramentas que fixem os pesquisadores.

Em relação ao número de pesquisadores com formação na área de Entomologia, conforme Maria Olívia, o Amazonas também possui quantitativo reduzido de mestres e doutores. Ela disse que o Estado possui 24 mestres, o que equivale a 14,8% de todo o País e 72,7% da Região Norte, e doutores são 49, o que representa 4,9% do Brasil e 74,2% da Região Norte. “A FAPEAM está recebendo propostas que possam ajudar na mudança do quadro atual. Temos que fortalecer os grupos de pesquisa existentes, pois são importantes para estudos relacionados a vetores de doenças, pragas e infraestrutura”, finalizou.

Programa DCR

Com financiamento do Governo do Amazonas via FAPEAM, o programa estimula a fixação de doutores com experiência em Ciência, Tecnologia e Inovação em instituições de pesquisa e/ou de Ensino Superior, institutos de pesquisa, empresas públicas de pesquisa e desenvolvimento, sediadas ou com unidades permanentes no Estado do Amazonas. O DCR tem por objetivo diminuir as desigualdades, em microrregiões de baixo desenvolvimento científico e tecnológico do Estado do Amazonas.

O programa atua em duas vertentes, são elas: a) regionalização: caracterizada pela atração de doutores para instituições acadêmicas e institutos de pesquisa do Estado do Amazonas. Nesse caso, não é permitida a concessão da bolsa a doutores formados ou radicados no próprio Estado; b) interiorização: caracterizada pela atração de doutores para microrregiões de baixo desenvolvimento, fora das áreas metropolitanas e que permite a concessão da bolsa a doutor formado ou radicado no próprio Estado.

Luís Mansuêto – Agência FAPEAM

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