Amazonas e São Paulo desenvolvem pesquisa para melhorar produção do guaraná
Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/Esalq) estão trabalhando juntas para melhorar a cultura do guaraná, fruto do qual o Brasil é o único produtor em escala comercial do mundo.
A pesquisa desenvolvida pelas duas instituições tem como objetivo combater a incidência de doenças – principalmente as de natureza fúngica como a antracnose -, que são a maior causa da baixa produção de frutos do guaranazeiro.
"A intenção é que possamos desenvolver produtos e processos que reduzam a incidência da doença e favoreçam o vigor da planta hospedeira. Em outras palavras, o objetivo básico do projeto é melhorar a viabilidade comercial dessa planta, a partir do controle da antracnose. Em paralelo, os pesquisadores do Amazonas também continuam tocando projetos de seleção de variedades com melhores características comerciais", afirma Elliot Watanabe Kitajima, professor da Esalq.
Kitajima será responsável por coordenar os estudos feitos em São Paulo, enquanto o professor Spartaco Astolfi Filho, da Ufam, será o coordenador no Amazonas.
O projeto "Microrganismos associados ao guaranazeiro com potencial biotecnológico e agrícola, especialmente visando ao controle da antracnose" receberá incentivos financeiros nos próximos dois anos, na ordem de R$ 500 mil, sendo cerca de R$ 198 mil recomendados pela Fapeam para o projeto. Além disso, um convênio entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) permitirá que as pesquisas desenvolvidas no Amazonas e em Piracicaba, SP, tenham resultados compartilhados, além de um intercâmbio entre pesquisadores dos dois estados.
A indústria do guaraná
O guaranazeiro é uma cultura vegetal amazônica de grande valor econômico. O emprego de seu fruto nas indústrias de alimentos, farmacêutica e cosmética é significativo, sendo utilizado como matéria-prima na produção de refrigerantes, xaropes, sucos, pó estimulante, pastas de dente, sabonetes e xampus, além de cosméticos direcionados ao tratamento de pele oleosa e celulite. Além disso, o guaraná apresenta caráter diurético e ação tônica cardiovascular.
Saiba mais sobre a parceria entre a Fapeam e a Fapesp
Foto 1 – Plantação de guaraná, alvo das pesquisas (Foto: Divulgação)
Agência Fapeam
(Com informações do Globo Rural Online em 07/07/2010)