Amazonas vai ganhar mais seis doutores


O Amazonas está perto de ganhar seis novos doutores para atuar no Estado. Os pesquisadores são os mais novos aprovados para participar do Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR), criado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

O programa tem duas vertentes: regionalização e interiorização. A primeira consiste em atrair para o Amazonas, com a concessão de bolsas, passagens e auxílio, doutores titulados em outros estados, porém interessados em desenvolver pesquisas em instituições localizadas no Estado. A segunda vertente visa a deslocar para o interior do Estado doutores titulados ou fixados na capital. Entre os aprovados estão os doutores:

Sheyla Regina Marques Couceiro, que será vinculada ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), desenvolvendo  a pesquisa  “Efeito do aporte de sedimento antrópico na decomposição de folhas em igarapés da Amazônia Central”;

Monique Inês Segeren, que terá como destino a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com o estudo “Curauá (Ananas erectifolius L.B. Smith): micropropagação de variedades com alto valor agregado para indústria de fibras e resina plástica”;

Larissa Silveira Moreira Wiedemann, que atuará na Ufam, estudando a “Padronização de óleos de Espécies vegetais da Amazônia através de Técnicas Cromatográficas”;

Helena Pinto Lima, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), estudando a “Arqueologia Regional e História Local do Baixo Urubu”;

Carlos Alberto de Estombelo Montesco, na  Ufam, pesquisando o "Potencial Evocado da Função Executiva durante WCST em voluntários na cidade de Manaus: Detecção e Caracterização” e

Aldo Rodrigues de Lima Procópio, que atuará na UEA, pesquisando  o “Potencial de Bactérias dos rios Negro, Solimões e Madeira na Produção de Biopolímeros”.

Desafio

Para o doutor em Biotecnologia, Aldo Rodrigues Lima Procópio, natural da cidade de Terra Roxa, no Estado do Paraná, o desafio de vir para a Amazônia, região que ainda não conhecia, surgiu a partir das oportunidades, na região, para o desenvolvimento de projetos com pesquisadores de renome, além da possibilidade de trabalhar em uma região pouco explorada do ponto de vista científico, principalmente microbiológico.

“Desenvolvi projetos na Embrapa Meio Ambiente, em parceria com a Universidade de São de Paulo (Capital) e a Esalq (USP-Piracicaba). Aqui, no Amazonas, espero conhecer a biodiversidade de bactérias dos ambientes aquáticos e consolidar a pesquisa com biopolímeros, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A ideia é que no futuro esse trabalho resulte em patentes”, afirma.

Segundo o pesquisador, outra perspectiva positiva gerada pelo DCR é que, além de auxiliar na formação de recursos humanos no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Recursos Naturais da Amazônia da UEA (MBT/UEA), haverá a possibilidade de preparar profissionais mais experientes para o mercado de biotecnologia industrial, promovendo o intercâmbio com alunos de outros centros do país.

Nova oportunidade

Um dos aspectos que mais interfere na vida de quem participa do DCR é a mudança profissional que, na maioria das vezes, abre a possibilidade de novas pesquisas.  

“Essas oportunidades possibilitam um certo afastamento das linhas tradicionais de pesquisas e uma aproximação maior das necessidades da região. Na vida pessoal, acredito que a saudade da família e amigos será grande, mas, como já pude perceber, os amazonenses são bastante receptivos e um povo muito caloroso e fazer novas amizades também é muito bom”, destaca Procópio, enfatizando ainda que, após os três anos de permanência no programa, pretende prestar um concurso público e desenvolver novos projetos objetivando sempre o desenvolvimento da região.

Valores totais a serem investidos  

 

No total, Fapeam e CNPq estão investindo um valor que ultrapassa R$ 1,3 milhões, no período de 36 meses de vigência do programa, sendo R$ 570.876,30 oriundos da FAP amazonense – destinados à concessão de bolsas adicionais (FIXAD), bolsas de  Apoio Técnico e auxílio pesquisa – e R$ 729.600,00 aportados pela agência federal – voltados ao pagamento de bolsas e auxílio-instalação.

 

Acesse a DECISÃO 061/2009 do Conselho Diretor clicando aqui.

Ulysses Varela – Agência Fapeam

 

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