Ângelo Ramazzotti sai na frente na realização de projetos
Se depender de projetos relacionados a ciência e tecnologia para melhorar a qualidade de ensino nas escolas da rede pública de Manaus, a Escola Estadual Ângelo Ramazzotti pode sair na frente. Ela foi a única de tempo não-integral a ter quatro projetos aceitos, de nove que foram submetidos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no Programa Ciência na Escola (PCE) em 2009.
De acordo com Maria de Fátima Costa Taveira, diretora da escola, um projeto aborda a questão da produção de textos e os outros três são da área biológica. “Os professores e os alunos estão envolvidos. Queremos permanecer no Programa, inclusive já nos reescrevemos para a próxima edição”, afirmou.
Quanto aos projetos, a diretora citou, por exemplo, o “Encontro Temático sobre Meio Ambiente”, que consistiu em reunir todas as turmas da escola para debater e apresentar questões importantes sobre a Amazônia. Ela explicou que o projeto faz parte do calendário acadêmico da instituição há quatro anos e, em 2009, foi realizado com o aporte financeiro da FAPEAM.
Segundo a professora Cristiane Pereira, o trabalho é uma forma de fazer com que os alunos exerçam a cidadania, respeitem a natureza e preservem o meio ambiente. “O meio ambiente está pedindo socorro e a nossa floresta vale muito mais em pé do que no chão. Nossa missão, enquanto professores, é justamente dar o pontapé inicial e orientar os estudantes a preservar e conservar a floresta”, afirmou.
Estudantes participam de expedição
Na edição de 2009, o encontro temático premiou a turma que mais se destacou. Em parceria com o pesquisador Niro Higuchi, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a turma “Exército da Bio” ganhou um final de semana na Reserva Biológica ZF-2, situada no quilômetro 50 da BR-174 (Manaus-Presidente Figueiredo). O local é utilizado pelos pesquisadores do Inpa para trabalhos científicos.
Durante a expedição, os estudantes caçaram sapos, rãs e pererecas, fizeram a catalogação das espécies e aprenderam a identificá-las por meio dos sons que emitem. “Foi uma maneira de colocá-los próximos da natureza e ensiná-los a respeitar e perder o medo dos animais”, ressaltou Pereira.
Água para beber
Outro destaque da Escola Estadual Ângelo Ramazzotti foi o projeto “Qualidade de água & qualidade de vida”, no qual os bolsistas do PCE analisaram os aspectos qualitativos da água fornecida à escola.
“Decidimos falar da água por seus aspectos gerais e também porque sempre alguém dizia que a água da escola era suja. Queríamos testar essa hipótese e, no final, mostrar que a água não estava contaminada”, frisou Fabian Júnior, 18, estudante do 3º ano do ensino médio.
Segundo o estudante, as análises foram feitas na própria escola, onde foi montado um laboratório para o procedimento.
Kelly Melo e Luís Mansuêto – Agência Fapeam