Após a conquista de medalha de ouro no México, estudantes de Parintins disputam campeonato de matemática na Rússia
Eles fizeram parte do projeto de pesquisa “O uso de materiais recicláveis no ensino de geometria espacial”, em 2013, com o apoio do Governo do Amazonas via Fapeam, e ganharam medalha de ouro na Feira Internacional Expo Ciências Latinoamericana (ESI-Amlat), realizada no início de junho, na cidade de Mazatlan, no México.
Cientistas júniores do Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Deputado Gláucio Gonçalves, em Parintins, foram credenciados para dois grandes eventos internacionais que ocorrem em 2017: a Feira Mundial EXI-Mundi, em Fortaleza, e o Fórum Internacional de Ciência e Engenharia, no Chile.
Eles fizeram parte do projeto de pesquisa “O uso de materiais recicláveis no ensino de geometria espacial”, em 2013, com o apoio do governo do Amazonas via Fapeam no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE), e ganharam medalha de ouro na Feira Internacional Expo Ciências Latinoamericana (ESI-Amlat), realizada no início de junho, na cidade de Mazatlan, no México. Na última semana, os estudantes foram recebidos pelo diretor-presidente da Fapeam, René Levy Aguiar, e pelo assessor da presidência, Dércio Reis.
De acordo com a coordenadora do estudo premiado, Cristiana Tavares, as conquistas mudaram “o fazer ciência” Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Deputado Gláucio Gonçalves, em Parintins. “A partir do projeto do PCE realizamos aulas extras para que os alunos adquirissem mais conhecimento. Eles (alunos) responderam o convite e conseguiram algo inédito. Recebemos uma carta da Rússia nos convidando para Campeonato de Jovens Talentos da Matemática, que vai acontecer no dia 4 de julho, em Petersburgo. Teremos mais dois eventos, em Londres e na Índia. A escola foi escolhida por apresentar características inovadoras e trabalhar na formação cidadã e intelectual dos alunos”, disse a professora.
Para a professora, o PCE desafiou a classe escolar a fazer ciência e pensar no coletivo. “Ele (PCE) desafia o jovem e o professor a entrar no âmbito da alfabetização científica e isso é alavanca a Educação no Amazonas. Quando você trabalha nessa perspectiva, todos ganham: a escola, os alunos, o professor e a sociedade. Quando trabalhamos teoria e não a prática fica algo abstrato, mas se fizermos o elo entre a teoria e a prática os alunos e professores passam a pensar de forma mais crítica e no contexto no qual a comunidade está inserida”, disse a professora.
Alfabetização científica
O bolsista do projeto premiado, José Barbosa, 16, também ressaltou as mudanças no ambiente escolar com os estudos no âmbito do Programa Ciência na Escola.

O bolsista do projeto premiado, José Barbosa, 16, também ressaltou as mudanças no ambiente escolar com os estudos no âmbito do Programa Ciência na Escola.
“Temos percebido a mudança de atitude de alunos e professores da escola. Logo no início ninguém queria fazer ciência. Em 2013, nós demos início ao primeiro projeto. No ano seguinte surgiram mais sete projetos e, em 2015, o número de projetos passou para onze. A cada ano o número de projetos cresceu e a motivação dos professores e alunos também. Isso contribui com o Ensino de todas as disciplinas”, disse o estudante.
Deisiane Moraes, 18, também bolsista do projeto e, atualmente, graduanda do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) disse que o projeto foi fundamental para seu ingresso na Universidade.
“A partir do programa os alunos puderam ter uma nova visão em relação a ciência. O PCE contribuiu muito na minha vida acadêmica. Aprendi a fazer relatório, artigos, o que não sabia ainda. Aprendemos a trabalhar novos conteúdos e metodologias científicas. Além dos bolsistas, os voluntários também foram beneficiados com o projeto. A maioria dos meus colegas conseguiu entrar na faculdade e o PCE teve contribuiu nesse processo”, disse a graduanda.
Francisco Santos / Agência Fapeam
Fotos: Francisco Santos / Agência Fapeam