Avanço tecnológico traz livros digitais que podem substituir livros impressos
17/09/2010 – A pressão dos ambientalistas pelo desenvolvimento sustentável e a redução dos impactos ambientais pelo homem têm levado a humanidade a desenvolver novas tecnologias para se adequar a esta forma de pensar a vida e o futuro do planeta. Uma destas ações inclui a redução do uso do papel para os mais variados fins.
Nesse campo, algumas empresas jornalísticas, como o Jornal do Brasil, aboliram a edição impressa e passaram a editar somente a versão digital do periódico, disponibilizado, agora, somente por meio da rede mundial de computadores. Uma nova onda que ameaça mudar os costumes de quem gosta de ler são os livros digitais (e-books), que agora passam a ser disponibilizados para serem lidos em pequenos equipamentos eletrônicos portáteis.
Os livros são baixados e, por meio da tela, pode-se mudar a página ver figuras e até montar uma verdadeira biblioteca digital.
Acompanhando essa revolução tecnológica e estando a FAPEAM ligada à produção e à difusão do conhecimento entre os cientistas, que ainda veem nas publicações impressas a forma mais comum de disponibilizar informações, o Você Opina desta semana pergunta: Você acredita que o livro digital (e-books) pode suplantar o livro em sua forma tradicional impressa?
A pergunta está no ar, e quem sabe dará início a uma discussão sobre o futuro da difusão científica no Brasil. Será que algum pesquisador já pensa em lançar o primeiro livro exclusivamente digital? Acesse o site e participe.
Resultado da enquete anterior
Um Projeto de Lei em tramitação em Brasília prevê alterações profundas no Código Florestal, como a anistia geral dos desmatadores de reservas legais e áreas de preservação permanente, redução das áreas de Reservas Legais no Cerrado de 50% para 20%, na Amazônia de 80% para 50%, reflorestamentos de eucaliptos ou de pinus (espécies exóticas) e ainda plantios de eucalipto, manga, coco, limão ou outras culturas, por exemplo, que poderão ser consideradas como Reserva Legal, ou seja, receberão "status" de vegetação nativa.
O projeto de lei permite, ainda, que florestas nativas sejam convertidas em lavouras nas propriedades mais produtivas sem qualquer licença das autoridades ambientais e a exploração econômica de florestas e outras formas de vegetação nas áreas de preservação permanente (margens de rios, lagos e reservatórios, áreas de encosta e topos de morros).
De olho nesta discussão, cientistas, ambientalistas e especialistas são contra as alterações e sugerem um Código da Biodiversidade que contemple todos os biomas brasileiros e não apenas as florestas. Além disso, é consenso que as mudanças sugeridas privilegiam somente os agropecuaristas e que são um retrocesso, por aumentar as áreas de desmatamento e permitirem desmatamentos sem autorização prévia.
Na última edição, o Você Opina perguntou aos internautas do site da FAPEAM: “Você acredita que a substituição do Código Florestal pelo da Biodiversidade pode ser a saída para solucionar, entre outros, o problema do desmatamento no país?”
De acordo com os resultados, entre os 120 participantes, 52, ou seja, 43% disseram que não, a mudança não vai resolver o problema; em contrapartida 37 internautas (30) disseram que sim, o código da biodiversidade seria melhor; e 33 participantes, ou seja 27% têm dúvidas quanto ao novo código.
Apesar da divergência nos resultados, há no meio científico quem acredite que a mudança pode ser benéfica, como a pesquisadora da Coordenação de Pesquisas em produtos Florestais do INPA (CPPF), que desenvolve atividades junto com o grupo de pesquisas do INCT/MCT de Madeiras, Maria de Jesus Coutinho Varejão. “De acordo com alguns pesquisadores que eu conheço, acredito que o Código da Biodiversidade pode, sim, resolver estes problemas no Brasil, entre eles o do desmatamento ilegal. A situação atual é tão crítica que até para fazermos pesquisas sentimos dificuldades”, destacou.
Veja os resultados
Você acredita que a substituição do Código Florestal pelo da Biodiversidade pode ser a saída para solucionar, entre outros, o problema do desmatamento no país? Respostas Votos Percentual Sim 37 30% Não 52 43% Talvez 33 27% Totais: 122 votos 100%
Ulysses Varela – Agência Fapeam