Belo Horizonte sedia debate sobre desafios da ciência nos trópicos


29/10/2012 – Os problemas ligados ao crescimento desordenado das cidades e ao aumento da população observados nas últimas décadas, bem como as políticas públicas para enfrentá-los, estão em pauta em Belo Horizonte até esta terça-feira (30), no 2º Encontro Preparatório do Fórum Mundial de Ciência 2013. Os debates, abertos nesta segunda-feira (29/10), serão pautados no tema ‘Desafio para o desenvolvimento científico e tecnológico dos trópicos’.

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A cerimônia de abertura do encontro foi realizada durante a manhã, no prédio da Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Compuseram a mesa o reitor da instituição, Clélio Campolina Diniz, o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, e o presidente da Associação Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, dentre outras figuras representativas para a pesquisa em Minas e no Brasil.

No pronunciamento de abertura, o presidente da ABC destacou a importância dos recursos destinados à pesquisa no Brasil. Jacob Palis comemorou o cenário trazido pelo pré-sal e demonstrou expectativa com projeto já “chancelado” pelo Congresso Nacional que propõe a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. O discurso do matemático foi respaldado pelo secretário Luiz Antonio Elias. Ele apontou a proeminência do Brasil no eixo científico e tecnológico mundial e acrescentou ser imprescindível o investimento, para que o País passe de um estágio intermediário para um mais avançado. O exemplo a seguir seriam os Estados Unidos, por priorizar tais eixos.

“A realização deste evento aqui representa o reconhecimento do Brasil como um eixo dinâmico e estratégico na produção de ciência em nível mundial”, afirmou o representante do MCTI. “O País tem sido um parceiro na cooperação em áreas estratégicas científicas, em algumas delas como ponta do processo. Exemplo na área de etanol, ou na exploração de petróleo em águas profundas, exemplo também em segmentos importantes da biodiversidade. Então o Brasil se coloca de forma decisiva na construção do patamar da ciência em nível internacional”.

Elias expôs ainda a importância do encontro em Belo Horizonte e nas demais capitais onde serão realizados. “São oportunidades que nos possibilitam perceber as identidades locais em quatro temas que para nós são centrais: a educação e a ciência; a ética na ciência; o desenvolvimento inclusivo; e o desenvolvimento nacional”, listou. “Esses temas dão base ao Fórum Mundial de Ciência. Estamos mapeando toda essa discussão, para que cheguemos até lá com um resumo bastante qualificado para que a gente possa aprimorar as políticas públicas e lançar, cada vez mais, programas robustos na área da ciência”, disse.

Crise global

A cerimônia foi encerrada com a palestra ‘Crise global, mudanças geopolíticas e inserção do Brasil: desafios científicos e tecnológicos’, ministrada pelo reitor da UFMG, Clélio Campolina, que fez uma varredura histórica e político-econômica para explicar o panorama da ciência e tecnologia no Brasil e no mundo, lançando reflexões sobre os desafios para o desenvolvimento.

Duas mesas de debates estão previstas para esta tarde. Amanhã, o evento tem continuidade a partir das 9h. Encontros similares serão realizados em outras cinco capitais: Manaus, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília. A proposta é levantar questões e demandas a serem analisadas no Fórum Mundial de Ciência 2013, que acontece pela primeira vez fora da Hungria, na cidade do Rio de Janeiro.

Texto: André Martins – Ascom do MCTI

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