Biossegurança em laboratório incentiva ciência na escola


21/06/2012 – A criação de um laboratório com todos os requisitos de biossegurança foi o resultado da iniciativa de um grupo de alunos e professores da Escola Municipal Edinir Telles Guimarães, em Manaus. O projeto ‘Laboratório de Ciências: experimentando o futuro’ foi realizado, durante seis meses, com o financiamento do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

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O laboratório foi idealizado pela professora de Ciências e coordenadora do projeto, Roseane dos Santos Rocha, para otimizar a transmissão de conhecimentos da área aos alunos, reforçando conceitos como biossegurança (segurança da vida) e aplicações de Ciências na prática, com experimentos de substâncias químicas.

Segundo o bolsista do PCE, Paulo Silas, 13, o projeto foi uma forma de ver que a Ciência não é um ‘bicho de sete cabeças’ como muitos alunos pensam. “Nem tudo na Ciência é difícil como as pessoas imaginam, porque na prática, a professora explica as coisas passo a passo e, assim, fica mais fácil de entender o conteúdo. Antes eu já era interessado e gostava de Ciências, então quando a professora me chamou para o projeto eu fiquei muito feliz”, afirmou o bolsista.

Aplicação de experimentos

Silas explicou que as aplicações práticas, durante o projeto, ocorreram com a extração de DNA de insetos porque por meio dessa técnica é possível identificar o parentesco familiar de um determinado grupo animal. “Tem gente que fala que a ciência não é importante, mas ela é importante sim porque ela está no nosso cotidiano, no nosso dia a dia”, ressaltou.

Durante a avaliação final do projeto, realizada nesta quarta-feira, 20/06, pelas biólogas e consultoras, Rosana de Medeiros Galvão e Maricleide de Farias, foi dada a ênfase sobre a importância da abordagem aprofundada sobre a biossegurança na pesquisa, pois todo estudo que lida com produtos ou algo de manipulação que envolva segurança de vidas deve ser passado aos alunos. Um outro ponto, considerado pelas avaliadoras, foi o uso de equipamentos de segurança adequados, como luvas, máscaras e outros itens para que os produtos químicos não causem nenhum dano à saúde, na manipulação do laboratório.

“A biossegurança é um tema realmente importante para se trabalhar porque a partir do momento que é implantado e estruturado um laboratório para estudos, o tema é relevante para ser trabalhado, a fim de dar um suporte aos alunos. Dessa forma, pode-se evitar que eles venham sofrer alguma consequência na manipulação de produtos químicos”, explicou a avaliadora Maricleide Farias.

Sobre a biossegurança

Para a coordenadora do projeto, Roseane Rocha, a biossegurança é mais uma prevenção de acidentes no laboratório e realmente é muito relevante.

“No meu projeto foi abordado e sempre esse tema vai ter destaque porque acompanha o projeto e a vida. A biossegurança consiste na segurança da vida, então todo mundo tem que estar seguro em qualquer tipo de trabalho e, principalmente, em laboratórios lidando com vários tipos de substâncias químicas arriscadas a vida do ser humano”, explicou Rocha.

Segundo a professora, foram apresentadas nas aulas teóricas as funcionalidades como a questão do uso de jaleco, de óculos, luvas e protetores para a respiração. “A partir disso, nós já começamos as aulas práticas com os produtos”, disse.

A professora ainda explicou que pretende submeter outra proposta para dar continuidade ao projeto para explicar de uma forma mais aprofundada sobre a questão da biossegurança.

Mostra Pública

Esse trabalho é um dos mais de 120 projetos que estão sendo apresentados ao público e as especialistas nesta quarta e quinta-feira, 20 e 21/06, durante o Seminário de Avaliação Final do PCE. O evento é aberto ao público, das 8h às 12h e das 14h às 18h, na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM) – antiga Aldeia do Conhecimento, situada à Rua Maceió, nº 2.000, Parque Dez.

Sobre o PCE

O Programa Ciência na Escola (PCE) faz parte da política do Governo do Estado para difundir a ciência e promover o interesse dos jovens pelo mundo científico. Para isso, o programa consiste em apoiar, com recursos financeiros e bolsas, sob formas de cotas institucionais, estudantes dos ensinos Fundamental e Médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas de Manaus e interior do Amazonas. Desenvolvido pela FAPEAM, o programa conta com o apoio da Seduc, Semed capital, Semed Itacoatiara e Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

Redação: Nefa Costa
Edição: Cristiane Barbosa – Agência FAPEAM

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