Brasil e China querem estabelecer outras cooperações na área de C&T
O ministro Rezende sugeriu a criação de uma comissão de técnicos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), para elaborar um documento com propostas de cooperação.
O embaixador Qiu Xiaoqi ressaltou seu interesse em ampliar as possibilidades de cooperação entre China e Brasil e se colocou à disposição para novos acordos. "Espero que possamos contar com apoio e ajuda na ampliação do acordo de cooperação científica e tecnológica", disse.
O ministro brasileiro relembrou sua visita à China, em 2007, quando participou do lançamento do foguete que colocou em órbita o satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto Cebrs-2B. "Fiz várias visitas à China e fiquei impressionado pelo grande desenvolvimento. Sinto que precisamos ter mais estudantes e pesquisadores na China e mais chineses no Brasil", enfatizou Rezende.
Ele apresentou ainda ao embaixador chinês, o Plano de Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PAC,T&I 2007-2010), as agências de fomento e os institutos de pesquisa ligados ao MCT.
Ao final do encontro, Rezende presenteou o embaixador com um livro que recupera a história de uma expedição científica. O volume é de uma pesquisadora brasileira, que esteve em Portugal, onde realizou diversos levantamentos.
Qiu Xiaoqi foi nomeado recentemente para o cargo de embaixador, que antes era exercido pelo diplomata Chen Duqing.
Cooperação
O Brasil realiza acordo de cooperação científica e tecnológica com a China desde de 1982. No ano passado fez 20 anos que o País assinou o Protocolo sobre Aprovação e Pesquisa e Produção de Satélites de Recursos da Terra.
O documento assinado em Beijing, em 4 de março de 1988, pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast) estabeleceu as duas entidades como executoras para a pesquisa e produção conjunta do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos da Terra (Cbers).
Em 2008, a delegação chinesa foi recebida no MCT, pelo secretário-executivo adjunto, Antônio Ibãnes Ruiz, e pelo diretor do Inpe, Gilberto Câmara. Na oportunidade Ibãnes ressaltou a importância do encontro para avaliar os 20 anos da cooperação espacial sino-brasileira. No programa espacial conjunto faltam ser lançados os satélites Cbers-3, em 2010, e o Cbers-4, em 2013.
Fonte: Agência MCT