Brasil enviará cientistas para Centro Comum de Pesquisa da UE


24/01/2013 Pelo menos cem cientistas brasileiros de diferentes áreas poderão fazer especialização nos institutos de pesquisa do Centro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia (JRC, na sigla em inglês), segundo um acordo assinado nesta quinta-feira (24) pelo Brasil e a União Europeia (UE).

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O documento foi assinado durante a Sexta Cúpula União Europeia-Brasil, que reúne em Brasília a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Os especialistas brasileiros, cada um com pelo menos um doutorado, receberão capacitação nos centros de pesquisa da JRC em áreas como prevenção de desastres e crise, mudanças climáticas, gestão sustentável de recursos naturais, energia e nanotecnologia.

O JRC, criado para assessorar a Comissão Europeia e os países da União Europeia em ciência e tecnologia, tem sete institutos na Bélgica, Alemanha, Holanda, Espanha e Itália.

Entre estes centros estão o Instituto de Materiais e Medidas de Referência, o Instituto para o Meio Ambiente e Sustentabilidade, o Instituto para a Saúde e a Defesa do Consumidor, o Instituto de Energia e o Instituto de Prospectiva Tecnológica.

O acordo de cooperação com o Brasil prevê a troca entre pesquisadores brasileiros e europeus, assim como a realização de seminários em áreas estratégicas, informou o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre.

O documento foi assinado em uma reunião realizada na quarta-feira, em Brasília, entre o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o diretor-geral do JRC, Dominique Ristori.

O acordo se insere nas medidas de cooperação em ciência e tecnologia entre o Brasil e a UE e no Programa Ciências Sem Fronteiras, iniciativa do governo que busca oferecer bolsas de estudos para brasileiros em universidades de todo o mundo e que beneficiou até agora 18.000 universitários (11.000 foram para a Europa).

Durante a cúpula as duas partes também assinaram um acordo de cooperação em saúde animal destinado principalmente a beneficiar os setores de gado bovino, suíno e avícola brasileiro.

O documento prevê a criação de um grupo de trabalho integrado por técnicos do Ministério da Agricultura e da Direção Geral de Saúde e Proteção ao Consumidor da UE.

O convênio procura responder principalmente à preocupação das autoridades europeias com a qualidade da carne importada do Brasil.

A União Europeia tentou impor regras sobre suas importações de origem animal que foram qualificadas como protecionistas pelos países em desenvolvimento. A carne é o sétimo produto brasileiro mais importado pela União Europeia.

Na cúpula, foram abordados assuntos como a crise econômica internacional, as negociações para um acordo de livre-comércio Mercosul-UE, os debates do G20, o estado da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) e os conflitos em países como Mali e Síria.

Fonte: EFE

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