Brasil firma parcerias com Cuba na área de saúde


 Em visita a Cuba, na semana passada, a comitiva brasileira liderada pelo presidente Lula discutiu parcerias importantes na área de saúde a serem firmadas entre os dois países.
   
Segundo informações do Ministério da Saúde, está sendo discutida uma nova aliança entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição associada à ABIPTI, e instituições cubanas para o desenvolvimento conjunto do Interferon Alfa 2B Humano Recombinante Peguilado, medicamento utilizado no tratamento da Hepatite C.
   
A idéia é que a Fiocruz passe a produzir o fármaco no Brasil. Segundo o ministério, uma das vantagens é que haverá condições de o país ampliar seu campo de atuação e garantir o acesso a esses insumos estratégicos.
   
Além disso, haverá uma redução significativa de custos, pois dados do Banco de Preços do Ministério da Saúde mostram que o menor preço das últimas importações do medicamento pelas secretarias estaduais de saúde é o praticado pela secretaria de São Paulo, de R$ 520 o frasco.
   
De acordo com o ministério, com o início da produção em Bio-Manguinhos, o preço máximo será de R$ 300 por frasco de 80mcg, decaindo ao longo dos próximos nove anos até alcançar o patamar de R$ 180. 
   
Outra parceria que está sendo estudada vai permitir que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Centro Estatal de Controle de Medicamentos de Cuba façam inspeções conjuntas de laboratórios produtores de vacinas e biotecnológicos nos dois países.     

Medicina
   
Uma das discussões mais importantes tomadas na área da saúde foi a garantia dada pelo governo brasileiro de elaboração de um Termo de Ajuste, para que os cursos de medicina cubanos tenham validade no Brasil.
   
“É um importante avanço nas relações entre o Brasil e Cuba. E uma grande conquista para o Sistema Único de Saúde, que hoje tem entre suas principais prioridades preencher os vazios assistenciais no Brasil”, disse o ministro José Gomes Temporão, por meio de sua assessoria.
   
O Termo de Ajuste deverá ser analisado pelo Congresso Nacional e se aprovado, a validação será feita pelas universidades públicas brasileiras. Para um diploma ser reconhecido no Brasil, deverá haver compatibilidade curricular com os cursos de medicina brasileiros.
   
Segundo o ministério, quando não houver compatibilidade, o candidato terá antes que fazer uma complementação dos estudos, no Brasil, e depois se submeter ao Exame Nacional, organizado pelos ministérios da Saúde e da Educação em parceria com universidades públicas brasileiras, entidades representativas e especialistas de notório saber.
   
A validação é uma antiga reivindicação de 160 brasileiros formados na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), de Havana, que em sua maioria, são vinculados aos movimentos sociais, integrantes de comunidades indígenas, afro-descendentes e quilombolas.
   
Mais informações sobre as parcerias podem ser obtidas no Ministério da Saúde pelo telefone (61) 3315-2425.

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