Brasil inaugura primeira fábrica de mosquitos da dengue transgênicos

Testes iniciados em 2011 na cidade de Juazeiro, na Bahia, mostraram redução acima de 80% na população selvagem. Foto: Reprodução
A empresa britânica Oxitec inaugurou, no dia 29 de julho de 2014, a primeira fábrica de mosquitos Aedes aegypti transgênicos do Brasil, uma tecnologia que, se aprovada, pode ajudar no combate da dengue no país. A unidade, instalada em Campinas (SP), tem capacidade de produzir 500 mil insetos por semana. No ápice de produção, esse número pode saltar para 2 milhões de machos a cada sete dias.
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A tecnologia foi desenvolvida em 2002, no Reino Unido. No laboratório, ovos dos Aedes aegypti receberam uma microinjeção de DNA com dois genes, um para produzir uma proteína que impede seus descendentes de chegarem à fase adulta na natureza, chamado de tTA, e outro para identificá-los sob uma luz específica. Os machos, quando liberados na natureza, procriam com as fêmeas – responsáveis pela incubação e transmissão do vírus da dengue. Elas vão gerar descendentes que morrem antes de chegarem à vida adulta, reduzindo a população total.
Testes iniciados em 2011 na cidade de Juazeiro, na Bahia, mostraram redução acima de 80% na população selvagem. Alguns experimentos apontaram resultados de 93% de redução do Aedes aegypti que vive na natureza. O uso dos insetos da Oxitec no Brasil foi feito em parceria com a organização Moscamed. O processo de liberação é dividido em três fases. Em um plano simulado para um município de 10 mil habitantes, na primeira fase, chamada de supressão, são liberados 2,5 milhões de insetos por semana (250 para cada habitante). Na consolidação, o total de lançamentos cai para um milhão por semana. As duas primeiras etapas duram de quatro a seis meses, cada uma delas. Na terceira e última fase, a de manutenção, são liberados 500 mil mosquitos machos por semana.
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Fonte: Portal Agrosoft