Brasil tem potencial para P&D, afirma ministro

O Brasil tem potencial para a pesquisa e desenvolvimento que ainda não foi devidamente explorado pelas empresas. "As empresas estrangeiras ainda não perceberam o potencial que o Brasil tem no âmbito de P&D, mas isso já começa a mudar, e acredito que vai ocorrer ainda com mais intensidade nos próximos anos", disse na sexta-feira (22) o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, no 2º Innovation Round-up, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), no Recife (PE).

Rezende ressaltou, para uma platéia formada por empresários, executivos e profissionais ligados a empresas nacionais e multinacionais, que já existem exemplos bem-sucedidos de empresas, com resultados econômicos expressivos, que acreditaram e investiram no País. Ele apontou como um dos grandes exemplos na área a invenção o carro flex, tecnologia que foi desenvolvida pela Bosch, em estreita cooperação com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). "É o exemplo mais conhecido mundialmente, mas que ainda nem é tão percebido pelos brasileiros", disse.

A Lei do Bem (Lei 11.196/05), de acordo com o ministro, foi elaborada exatamente para inverter esse quadro, incentivando empresas de todas as áreas a investirem em P&D. A legislação permite, de forma automática, o usufruto de incentivos fiscais pelas pessoas jurídicas que realizem pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. O ministro também lembrou que a Lei da Inovação (Lei 11.484/07) criou vários mecanismos para incentivar o desenvolvimento científico nas empresas.

As Ações de Inovação foram o tema da palestra de Rezende, que também fez uma apresentação detalhada do Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACT&I 2007/2010). Ele destacou que nos últimos anos, o Brasil desenvolveu um robusto sistema de C&T e que o governo optou por uma forte articulação da política de C&T com a política industrial do País.

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