Buriti tem grande potencial econômico para exploração


As palmeiras da Amazônia, embora com grande potencial para o desenvolvimento sustentável da região, encontram-se em condição selvagem ou semi-selvagem dentro das florestas e sem planos para exploração ou conservação da espécie. É o caso do buriti (M. flexuosa) que se apresenta como um promissor fruto para uso comercial e manejo, pois tem uma variabilidade genética boa para manejo. As informações são da dissertação de mestrado da pesquisadora Liene Rocha Picanço Gomes.

Gomes caracterizou a diversidade genética em quatro populações naturais de buriti por meio de marcadores moleculares AFLP (Amplified Fragment Length Polimorfism), um tipo de marcador de genomas, visando obter informações que podem servir de subsidio para planos de manejo e conservação da espécie.
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A pesquisa se deu ao longo do Gasoduto Coari-Manaus, nas comunidades de Lauro Sodré, Bom Jesus, Esperança e Santa Luzia do Buiçuzinho. Os resultados encontrados indicaram 77,2% de variabilidade genética dentro das populações estudadas em suas respectivas comunidades. O mesmo não foi constatado quando comparados entre as comunidades, apresentando apenas 22% de variabilidade genética. Isso significa que foi encontrada pouca diferenciação nos genes nessa região, o que caracteriza uma boa qualidade do fruto.

“O estudo sobre o padrão de distribuição da variabilidade genética entre as populações naturais é importante para entender o comportamento das espécies e essencial para a adoção de estratégias eficientes para a sua conservação”, salientou.

Gomes ressaltou que o buriti é uma espécie com grande potencial, ainda não domesticada e explorada comercialmente, que se desenvolve muito bem em condições de solos pobres, ácidos e alagados. “A pesquisa genética serve como a base para outros estudos, inclusive para direcionar uma exploração sustentável”, afirmou.

Saiba mais sobre o buriti

O buriti (Mauriti flexuosa) é uma palmeira da família Arecaceae com ampla distribuição geográfica por toda a região amazônica e restrita a América do Sul. Apresenta importância econômica, tendo praticamente todas as suas partes aproveitadas. Seu uso vai desde a alimentação até o medicinal.
É também conhecida como coqueiro-buriti, buritizeiro, miriti, muriti, muritim, muruti, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu, carandaí-guaçu.

Carlos Fábio Guimarães – Agência Fapeam

 

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