Capes aprova projeto de educação indígena da UEA
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) acaba de aprovar um projeto da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Intitulado “Educação Intercultural: Ensino de Ciências dos povos indígenas do Amazonas”, o projeto foi submetido ao Edital do Observatório Escolar Indígena, da Capes, cujo resultado foi divulgado na última segunda-feira (26), no "Diário Oficial" da União.
O Observatório da Educação Escolar Indígena pretende promover e implementar a formação inicial e continuada de professores, preferencialmente indígenas, a inserção e a contribuição desses profissionais nos projetos de pesquisa em educação e a produção e disseminação de conhecimentos que priorizem atividades centradas, como cursos, oficinas, produção conjunta de material didático, paradidático e objetos de aprendizagem nos formatos impresso e digital.
O edital dispõe de uma série de itens financiáveis, como passagens aéreas, terrestres, fluviais e bolsas de mestrado, doutorado, graduação e docência. O valor do financiamento pode chegar até R$ 580 mil por projeto recomendado. Desenvolvido nos moldes do Observatório da Educação, a iniciativa é uma parceria da Capes com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC).
De autoria da professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências na Amazônia da UEA Maria Auxiliadora de Souza Ruiz, o objetivo do projeto aprovado é analisar como as etnociências estão inseridas no ensino de ciências, nas práticas da cotidianidade e como são trabalhadas pelo professor de ciências dentro do processo ensino-aprendizagem e do processo de construção de uma educação escolar indígena intercultural na Amazônia brasileira.
A elaboração do projeto da UEA teve a participação dos mestrandos Regina Célia Moraes Vieira, Francisco César Brito Vieira, Maria Rosemi Araújo do Nascimento, Rejane Maria Caldas Freitas, Edmilza dos Santos Ferreira e Timóteo Gama da Silva, além dos alunos de graduação da UEA Julia Marli Cordeiro da Silva, indígena da etnia tukano, do curso de Licenciatura Intercultural Indígena; Maysa Valares Melgueiro, baniwa, do curso de Pedagogia da Escola Normal Superior; e Shirley do Carmo Barreto Gonçalves, tukano, do curso de Turismo da Escola Superior de Artes e Turismo. O projeto vai contemplar, ainda, mais dois professores indígenas e três alunos/professores da Escola Indígena Baniwua, Coripaco (Pamáali – EIBC).
Agência Fapeam
(com informações da assessoria de imprensa da UEA)