Capes, CNPq e MCT pedem mais investimentos na pesquisa na Amazônia
Representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) defendem mais recursos para pesquisa científica e para a pós-graduação na Amazônia. O diretor da Capes, José Fernandes de Lima, assinala que uma medida simples que pode mudar o quadro na Amazônia é o aumento de bolsas de pós-graduação para áreas específicas da região. Ele informou que a Capes já estuda o programa de aumento de investimentos para as universidades da Amazônia. O vice-presidente do CNPq, Manuel Domingos Neto, apresentou nessa quarta-feira, dia 7 de dezembro, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, como proposta a parceria da União com as fundações estaduais de amparo à pesquisa. "Faltam investimentos estaduais para fortalecer os programas locais de pesquisa e o CNPq defende o envolvimento direto dos governos estaduais" A secretária de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Muriel Saragoussi, fez um apelo aos parlamentares para que seja estimulada a pesquisa científica na região amazônica. "É preciso atrair, capacitar e manter pesquisadores na região amazônica. Se isso não for feito, nós vamos caminhar para um abismo", disse. Ela apresentou na Câmara, como exemplo de desenvolvimento sustentável oriundo da pesquisa, o Projeto Demonstrativo dos Povos Indígenas, que beneficia 36.767 índios de 68 etnias (em um total de 116 etnias na Amazônia). O objetivo desse projeto é estimular a sustentabilidade econômica, social e cultural dos povos indígenas em suas terras e a conservação dos recursos naturais existentes nessas áreas. O projeto conta com recursos dos governos brasileiro, alemão e britânico. Em 2005, foram aplicados R$ 2 milhões do governo alemão para apoio a projetos, R$ 332,5 mil do governo britânico para apoio ao fortalecimento institucional e R$ 150 mil do governo brasileiro destinados ao funcionamento da unidade de gerenciamento, localizada em Manaus.