Cartilha sobre ariranhas conta com apoio da FAPEAM
20/02/2013 – Com linguagem simples e de forma lúdica, crianças podem adquirir mais conhecimento sobre a vida biológica das Ariranhas. Essa é a proposta da publicação ‘Zé Ariranha’ produzida pela Reserva de Desenvolvimento Mamirauá, localizada no município de Tefé, interior do Amazonas.
A cartilha contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), por meio do Programa de Apoio à Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação (POP C,T&I) e do Projeto Aquavert, desenvolvido pela Petrobrás.
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A oceanógrafa e coordenadora do projeto, Miriam Marmontel, explicou que a cartilha transmite informações biológicas sobre os animais, utilizando-se de desenhos e de histórias em quadrinhos.
"O objetivo é informar as comunidades locais e servir como instrumento lúdico. A publicação traz desenhos para que o usuário possa pintá-los, além de conter jogos para iniciar conversações sobre a espécie, o que proporciona maior aproximação dos comunitários com o animal, suas características, e, principalmente, para conhecer as percepções que os comunitários têm com relação à espécie", explicou.
Na avaliação da pesquisadora, a introdução da cartilha nas atividades educacionais dos moradores contribui para a sensibilização da melhor e mais correta conservação da espécie. “Em diversos locais tem sido reportado um aparente conflito pelo fato de os pescadores perceberem as ariranhas como competidoras pelo peixe. À medida que as populações da espécie se aproximam das comunidades, e eventualmente retiram peixes das redes, existe o potencial deste conflito se exacerbar, culminando com mortes de ariranhas", alertou.
Pesquisas
Segundo a oceanógrafa, o Instituto Mamirauá, desde 2000, realiza estudos com a espécie. Atualmente, a reserva conta com o apoio de pesquisadores, veterinários e assistentes de campo que trabalham diretamente com a captura das ariranhas. "O objetivo é implantar na espécie um rádio-transmissor para que possamos monitorá-la por telemetria. Queremos conhecer mais sobre o seu uso do habitat, em especial durante a estação cheia, quando suas locas são submersas pela água e elas se dispersam pelas áreas alagadas", disse a pesquisadora.
Sobre o POP C,T&I
O Programa de Apoio à Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação visa apoiar a realização de exposições, feiras, oficinas, minicursos, palestras e outras atividades interativas sobre ciência e tecnologia, em locais públicos, organizados por temas, campos ou áreas do conhecimento, voltadas para o público em geral, especialmente para estudantes do ensino fundamental e médio; e a produção e distribuição de materiais (vídeos, cartilhas, programas radiofônicos) educativos de ciência, tecnologia e inovação, voltados especialmente para a revitalização do ensino de ciências, visando incentivar o desenvolvimento de novas metodologias.
Janaina Karla – Agência FAPEAM