Cientistas destacam o dever cumprido na reunião da SBPC


Um sentimento de dever cumprido por meio de ações de reconhecimento para o desenvolvimento científico regional e reconhecimento da ciência feita na Amazônia. Foi o que destacaram os organizadores e participantes da mesa de encerramento da 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que aconteceu na última sexta-feira (17/7), no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).  

O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, José Aldemir de Oliveira, disse que apesar de todos os problemas pelos quais o Amazonas passou, por exemplo, a enchente recorde e a crise econômica que atingiram o Estado, a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sect) repassou os recursos necessários para a realização da reunião. Além disso, Oliveira lembrou o papel importante da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) tanto na concretização da reunião regional em Tabatinga quanto da nacional em Manaus.

O presidente da SBPC, Marco Antônio Raup, destacou que a entidade, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) sinalizaram ações para o desenvolvimento da ciência na Amazônia. “A reunião foi realizada em Manaus porque conhecíamos a história da ciência e da comunidade científica local. Muitos disseram que não daria certo devido às dificuldades logísticas, mas confiamos no potencial dos parceiros”, observou o presidente.

Quem foi beneficiado com as parcerias, segundo as reitoras da Ufam, Márcia Perales, e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Marilene Corrêa, foi a população local, que pode participar das atividades culturais e científicas. Perales destacou as mais de 300 atividades coordenadas pela Ufam. Ela salientou a participação dos estudantes do interior e capital que puderam acessar a ciência feita no país. “Em nosso centenário, fomos beneficiados com a reunião da SBPC”, comemorou.

Marilene Corrêa lembrou as palestras e mesas redondas sobre as mudanças climáticas, o papel da Amazônia no contexto nacional. A reitora disse que, agora, espera-se que a ciência e os cientistas sejam menos elitistas e egocêntricos diante dos problemas da região.

Emocionado, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Adalberto Luis Val, afirmou que, durante dez anos lutou para sediar a reunião da SBPC. Todavia, os gargalos existentes na Amazônia sempre foram empecilhos para que não acontecesse. “Eu voltava para casa, depois de uma reunião, triste, porque a região nunca era escolhida para sediar a reunião. Hoje, todos estão de parabéns”, declarou.

Confira trechos dos depoimentos selecionados pela TV Fapeam.

Videoreportagem Gustavo Soranz e Luís Masuêto/Agência Fapeam

 

 

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