Com apoio da Fapeam, pesquisadores discutem etnobotânica como estratégia de desenvolvimento para a Amazônia
Tema está sendo debatido durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Interamericana de Horticultura Tropical, realizada na Ufam
O professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp/Botucatu), Lin Chau Ming, disse que o conhecimento dos povos tradicionais da região amazônica é referência para o mundo, quando utilizado para a horticultura. “A Amazônia, além da rica biodiversidade biológica, apresenta muitas comunidades indígenas e tradicionais e, nessa junção entre conhecimento tradicional e a diversidade etnobotânica, permite obter um potencial incomparável”, disse o professor.
A declaração foi dada durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Interamericana de Horticultura Tropical (Interamerican Society for Tropical Horticulture – ISTH), na última terça-feira (24/11), na Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O evento é realizado pela Universidade em parceria com o governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror-AM), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário Florestal e Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Federação de Agricultura do Estado do Amazonas (Agroam) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Ocidental).
Desenvolvimento e inovação
De acordo com Lin Chau Ming, a etnobotânica inserida em um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em horticultura tropical é bastante relevante. Para ele, essa atividade não somente pode ocorrer em regiões tropicais, mas em outras localidades do mundo, pois trata-se do conhecimento tradicional que, há milhares de anos, vem se desenvolvendo, permitindo com que a sociedade contemporânea venha a ter conhecimento, o que esses povos já faziam.
Lin Chau Ming realiza pesquisa com plantas antimaláricas em regiões dos rios Negro e Purus (incluindo uma parte do Estado do Acre) e já detectou mais de 170 espécies, cuja ação é comprovada em diferentes artigos científicos. Entretanto, existem pesquisas inéditas com cerca de 10 espécies que ainda não foram divulgadas para a comunidade cientifica, relata.
Ele acredita que, com a realização da reunião da ISTH, será reforçada a importância da etnobotânica para a região e para o mundo. Segundo ele, apesar de possuir toda essa biodiversidade, a Amazônia ainda é uma região esquecida, em que os conhecimentos tradicionais são pouco valorizados pela sociedade contemporânea. “O fato de se realizar a reunião em Manaus pode ser um estímulo e alerta sobre a importância da Amazônia, região que precisa ser valorizada e estudada”, disse.
Fonte: Ufam
Edição: Agência Fapeam
Foto principal: Ronaldo Rosa / Embrapa
Thiago Franco Balieiro disse:Ole1, ne3o estou conseguindo acasesr o link que leva ao edital e nem o acho na pe1gina da casa das caldeiras, existe outro link com o edital?Obrigado.