Durante três dias, conferencistas discutirão o estado da arte da ciência na região, bem como os mecanismos para o incremento e o fortalecimento do intercâmbio científico no hemisfério.

A Conferência contará com a participação especial do acadêmico e ministro da C&T Sergio Rezende e dos presidentes do CNPq, Erney Camargo, da Finep, Odilon Marcuzzo do Canto, e da Capes, Jorge Guimarães.

O plano da ABC é realizar reuniões semelhantes, de forma periódica a partir deste primeiro evento, envolvendo outros grupos de membros da ABC, obtendo-se assim uma visão ainda mais coletiva e abrangente, e portanto mais sólida, da Ciência em nosso país e nos vizinhos.

Destaca-se que tão importante quanto as conferências, será o debate que se dará após cada uma das exposições.

Desta forma, é de fundamental importância a ampla participação dos acadêmicos e da comunidade científico-tecnológico neste debate.

Ao longo da Conferência, cerca de 60 acadêmicos, de 40 instituições de pesquisa vão expor a evolução e os principais desafios de suas áreas, em palestras de dez minutos cada.

No primeiro dia, o evento abre com um painel sobre Ciências Físicas no Brasil.

A manhã deste dia se encerrará com o quadro sobre as Ciências Químicas e uma exposição das atividades da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento (TWAS), a ser realizada pelo vice-presidente da ABC e presidente da TWAS, Jacob Palis.

À tarde, serão realizados painéis sobre as áreas de Ciências Matemáticas, da Terra e Agrárias no Brasil.

O dia 24 termina com uma exposição das atividades do International Council for Science (ICSU), feita pelo diretor da ABC e vice-presidente do Conselho Hernan Chaimovich.

Após a discussão sobre o ICSU, será realizada uma sessão comemorativa e um coquetel de confraternização.

O segundo dia será aberto pelo presidente da ABC, Eduardo Moacyr Krieger, que apresentará uma visão geral da Ciência no país, seguido por Sergio Rezende, que falará sobre as perspectivas do MCT para a área de C&T no país.

Após o ministro, os presidentes do CNPq, da Finep e da Capes apresentarão seus planos de trabalho e perspectivas para 2007.

Ainda no dia 25, teremos apresentações sobre o estado da arte da Ciência na América Latina, com representantes da Argentina, do Chile, da Venezuela, do México e de Cuba.

A interação entre os pesquisadores destes países e os brasileiros visa aumentar o conhecimento das realidades distintas e fomentar uma colaboração mais estreita entre os cientistas destas localidades.

Os trabalhos deste dia terminarão com a retomada do debate nacional, agora focado nas Ciências Médicas e Biomédicas.

Por fim, o diretor da ABC e co-presidente da Rede InterAmericana de Academias de Ciências (Ianas), Hernan Chaimovich, fará uma exposição sobre a Rede.

O último dia do evento será voltado para as Ciências Biológicas, Sociais e Engenharia no Brasil.

Será proferida ainda uma palestra sobre o estado da arte da ciência no Peru e o acadêmico Carlos Alberto Aragão fará uma apresentação sobre o funcionamento e os projetos do Escritório Regional da TWAS para a América Latina e região do Caribe (TWAS-Rolac).

Os trabalhos serão encerrados com um debate sobre a cooperação científica internacional na região.

A Conferência Ciência Brasileira e Cooperação Científica Brasil/América Latina e Caribe representa o momento inicial de um debate que pretendemos fazer cada vez mais presente, ou seja, a discussão sobre o papel da ABC no âmbito nacional e internacional.

A atuação da Academia no cenário internacional evoluiu significativamente nos últimos anos. Ora faz-se necessária uma maior articulação entre as diversas frentes de atuação, de forma que as diferentes iniciativas se desenvolvam de forma mais articulada.