Crianças conhecem a genética de forma simples e divertida
18/07/2012 – Uma forma divertida e criativa de ensinar ciência para jovens, utilizando jogos, oficinas, palestras, encenações teatrais e atividades práticas. Essa foi a maneira encontrada por estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) para falar sobre genética a um grupo de 60 alunos de escolas públicas de Manaus.
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Foi nesse cenário que aconteceu a ‘2ª Oficina o que isso tem a ver com a genética’, organizada pelo Laboratório de Citogenômica Animal (Laca), da Ufam, realizada no início de julho, em Manaus.
Conforme a pesquisadora da Ufam, Maria Claudia Gross, o objetivo da oficina foi ensinar genética de maneira diferente, integrando professores universitários e alunos de graduação e pós-graduação. Ela explicou que a ideia da oficina é desmistificar a ciência, além de revelar novos talentos.
“Os jovens participaram de diversas atividades e expressaram suas opiniões sobre a diferença entre cientistas e artistas, assistiram a apresentações teatrais sobre métodos científicos, e se reuniram em grupos para realizar atividades práticas voltadas para tirar dúvidas sobre genética”, salientou Gross.
Doutora em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, Gross explicou que a oficina só foi possível porque contou com a ajuda dos alunos de graduação e pós-graduação, além de convidados que trabalharam no preparo dos monitores. O doutor em Ecologia, Júlio Daniel do Vale, e a mestre em Educação Escolar, Eliana Curvelo, participaram do primeiro dia da oficina, sendo que ela falou sobre a ‘Escola sem Partido’, enquanto Curvelo, que é da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), tratou sobre a experiência na área de educação e artes cênicas, com uma palestra sobre ‘Relações Interpessoais’.
Durante a oficina, os alunos participaram de atividades práticas, como ‘Scoiso’ (organismo imaginário formado por células diploides), a qual ajuda a compreender como ocorre a transmissão de heranças genéticas de pais para filhos. Cada grupo ficou com um kit de duas sacolas, uma com as características fenotípicas (observadas externamente) e outra com cromossomos do pai e da mãe. Logo após, foram sorteados um cromossomo da mãe e outro do pai. Ao final, o objetivo era tentar identificar as características dos pais.
Além das oficinas, também foram realizadas palestras que trataram, por exemplo, sobre os peixes elétricos amazônicos. Na ocasião, os estudantes puderam ver o aparelho chamado de detector elétrico, o qual serve para identificar o som emitido por meio da descarga do órgão elétrico desses peixes.
Luís Mansuêto – Agência FAPEAM