Crianças deixam mensagens à Mãe Terra

“Quero que cuidem bem da natureza, porque ela é nossa vida. Não maltrate, porque ela é nossa mãe”. A frase, escrita pela estudante Janaína, da Escola Estadual Alfredo Fernandes, está exposta nas paredes internas da maquete do Planeta Terra, montada na Estação Ciência da IV Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Amazonas, na tenda de lona do Studio 5.

A maquete do Planeta Terra, com uma escultura representando a Mãe Terra, é uma criação da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Estado do Amazonas. A subgerente de serviços do Departamento de Vigilância Sanitária da FVS, Judith Ferreira, explicou que a intenção da maquete é chamar a atenção das crianças e adolescentes que freqüentam a exposição para a necessidade de preservação ambiental. “Como o Planeta Terra é o tema de Semana, nós resolvemos criar a maquete e inserimos a Mãe Terra para que as crianças pudessem dialogar com ela”.

Na entrada da maquete, uma mensagem incentiva a criançada a escrever. “O mundo saudável começa por você! Pense no que podemos fazer para vivermos num mundo mais sadio e deixe sua mensagem para a Mãe Terra”. Na parte interna, foi instalada uma banqueta e colocadas tiras de papel e canetas. As crianças escrevem as mensagens e deixam-nas aos pés da escultura da Mãe Terra.

No final do dia, a equipe da FVS seleciona algumas mensagens e cola nas paredes internas da maquete. “A gente está fazendo isso para que as crianças vejam que o esforço delas de escrever não está sendo jogado fora. Muitas voltam à exposição e ficam felizes de ver suas frases na parede”, disse Judith Ferreira.

Ao final da exposição, as frases serão compiladas e irão compor uma coletânea para ser distribuída nas escolas. “Nós queremos fazer um livro com o maior número de frases possíveis para que outros alunos tomem conhecimento do que foi produzido pelos visitantes da Semana de Ciência e Tecnologia”, afirmou Judith Ferreira.

A Mãe Terra está recebendo, em média, 120 frases por dia. Até crianças que estão começando a desenvolver a escrita arriscam a mandar sua mensagem. Algumas, pouco compreensíveis, mas com a intenção de preservar o Planeta.

Do lado de fora da maquete, a FVS expõe três mosquitos gigantes: o Flebótoma, transmissor da Leishmaniose; o Anofelino, transmissor da Malária; e o Aedes aegypti, transmissor da Dengue. Judith Ferreira explica que os cientistas prevêem o aumento da população de insetos no mundo com o aquecimento global.

Esses mosquitos migram de regiões a outras do mundo e disseminam doenças até então desconhecidas em determinados países e estados. “Por isso achamos necessária a sensibilização dos alunos e da comunidade em geral para evitar a poluição do meio ambiente e garantir a manutenção da qualidade de vida da população”, explicou.

A estudante Ewellyn Alves, da Escola Estadual Francisco Albuquerque, escreveu: “Terra é vida. Sem meio ambiente preservado não há vida. Pena que o ser humano só dá valor quando perde”. Alexandre Cunha, da Escola Estadual Senador João Bosco, faz um pedido à Mãe Terra: “Seja forte, não como uma onda, que tudo destrói, mas como uma rocha, que tudo suporta”.

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