Curso promove reflexão sobre cobertura jornalística de C&T na Amazônia


O Curso de Capacitação em Jornalismo Científico – "Ciência e Mídia”, realizado pela Fiocruz em parceria com a FAPEAM, reuniu na manhã desta quinta-feira (29/04), um público expressivo de pessoas no Auditório do Centro Universitário Luterano de Manaus (Ulbra), para refletirem sobre os mecanismos e processos de coberturas de temas de ciência e tecnologia nos meios de comunicação(TV, rádio, impresso e internet).

Na solenidade de abertura, ocorrida na manhã desta quinta-feira, que contou com a participação do secretário de Estado em Ciência e Tecnologia em exercício, Valtair Vieira Machado e o diretor da Ulbra, Carlos Ceretto, foi destacado o papel e a importância da comunicação no processo de divulgação da ciência no Estado do Amazonas, bem como a necessidade de se aprimorar as práticas de difusão.

Em seguida, a coordenadora do evento, jornalista Luisa Massarani, ressaltou a abrangência do curso de capacitação em jornalismo científico, que já alcançou 12 países da América Latina e diversos Estados brasileiros. Massarani também afirmou que a capacitação servirá como um termômetro para o curso de pós-graduação lato sensu em comunicação científica, previsto para o segundo semestre de 2010.  “Nossa intenção aqui é reunir pessoas com experiência na área de divulgação em ciência de outros Estados para debates e reflexão”, afirmou.

O curso Ciência e Mídia termina nesta sexta-feira, 30, totalizando uma carga horária de 16 horas. Estão sendo abordados temas como mudanças climáticas, biodiversidade e doenças emergentes.

Cientistas e jornalistas: uma tensão necessária e mudanças climáticas

Na primeira palestra, o físico Ildeu de Castro Moreira, do Departamento de popularização e difusão de Ciência e Tecnologia do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) explanou sobre o trabalho dos cientistas e jornalistas na produção de conteúdos para divulgação científica.

Na visão do palestrante, a tensão entre esses profissionais é essencial para a comunicação pública e para a popularização de C&T. “A tensão significa conflito, mas também energia acumulada que pode se transformar em energia útil em movimento”, afirmou.

Para Moreira, cientistas e jornalistas são profissionais que podem atuar em parcerias, cada um dentro da sua área, no processo de difusão da ciência.

Em outro momento da manhã, uma mesa-redonda formada pelos palestrantes Niro Higushi, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Daniela Chiaretti, do Valor Econômico e Ulisses Confalonieri, do Centro de Pesquisa René Rachou da Fiocruz abordaram a “cobertura sobre mudanças climáticas”.

Na programação da tarde está prevista a participação do coordenador do Programa de Comunicação Científica da FAPEAM, Ulysses Varela, que debate sobre a "Cobertura de Temas de C&T na Amazônia". A mesa-redonda também conta com palestras da professora da Universidade Federal do Amazonas, Mirna Feitoza e a repórter da Rede Amazônica de Rádio e Televisão, Daniela Assayag.

Carlos Fábio Guimarães

Agência Fapeam

 

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