O DCR tem duas vertentes: Regionalização e Interiorização. A primeira visa à atração de doutores de outras regiões para instituições acadêmicas e de pesquisa do Estado do Amazonas. Já a vertente Interiorização também tem como objetivo estimular a fixação de doutores em instituições regionais, porém, em municípios do interior do Amazonas, especialmente nas áreas reconhecidas pelo CNPq como microrregiões de baixo desenvolvimento. Para estimular esse processo, é permitida a contratação de doutores formados ou radicados no Estado.

Os aprovados têm direito, pelo CNPq, a bolsa DCR pelo período de 24 meses, auxílio-instalação e passagem aérea nacional. A Fapeam concede a bolsa complementar de 25% do valor da bolsa do CNPq, mais duas bolsas de apoio técnico e auxílio-pesquisa (capital e custeio) no valor de até R$30 mil.

Dois DCR´s foram selecionados para desenvolver pesquisas em instituições públicas no interior do Amazonas, na vertente Interiorização. Charles Eugene Zartman, doutor em Botânica, vai implementar o projeto denominado “Dinâmica metapopulacional de epífilas briófitas na região do alto Rio Negro”, na Escola Agrotécnica Federal de São Gabriel da Cachoeira (EAF-SGC), no município localizado a 852 Km de Manaus, que tem 90% da população formada por povos indígenas.

O pesquisador vai receber auxílio no valor total de R$ 145,034 mil, sendo R$72,234 mil em auxílio e bolsa da Fapeam e outros R$72,8 mil de auxílio instalação e bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), campus de Itacoatiara, a 177 Km de Manaus, vai receber Gustavo Yomar Hattori, doutor em Zoologia, que aprovou o projeto “Aspectos ecológicos das comunidades de crustáceos decápodos na Região Central da Bacia Amazônica, próximo ao município de Itacoatiara – AM”.

O volume total de recursos para a pesquisa é R$136,592 mil, dos quais R$63,792 mil oriundos da Fapeam e outros R$72,600 mil do CNPq.

Regionalização

Cinco instituições de pesquisa sediadas em Manaus vão receber bolsistas DCR: Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta (Fuam), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a UEA.

Entre as instituições, se destaca a participação da Fuam, que começa a se estruturar para o desenvolvimento de pesquisas, explica o chefe do Departamento de Análise de Projetos (Deap) da Fapeam, Marcelo Valina. “Uma das principais propostas do programa é justamente alavancar a pesquisa nas instituições estaduais, dando oportunidades igualitárias para centros de pesquisa que começam a se estruturar e contribuir com a consolidação dos mais desenvolvidos”.

Na Fuam, o pesquisador Felipe Gomes Naveca, doutor em Microbiologia, vai desenvolver a pesquisa “Caracterização molecular dos agentes etiológicos das síndomes de úlceras genitais em pacientes atendidos na Fundação Alfredo da Matta”. A pesquisa conta com recursos na ordem de R$ 153,579 mil, dos quais R$ 80,779 mil da Fapeam e R$72,800 mil, do CNPq.

Programa DCR

O Edital (nº 005/2007) completo do programa DCR pode ser acessado clicando aqui. O DCR é um programa da Fapeam, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por intermédio do CNPq. O objetivo é apoiar a fixação de doutores em instituições de pesquisa ou ensino superior, instituto de pesquisa, empresas públicas de pesquisa e desenvolvimento sediadas no Amazonas, que mantenham setor de pesquisa ou de desenvolvimento tecnológico e inovação.

A fixação de doutores é uma das estratégias da Fapeam para diminuir as desigualdades em regiões de baixo desenvolvimento científico e tecnológico no Estado.

Inscrições

O candidato interessado em submeter proposta ao edital deve ter experiência comprovada em ciência, tecnologia e inovação; não pode possuir vínculo empregatício ou ser beneficiado de bolsa de qualquer outra instituição (nacional ou internacional), além de estar cadastrado no Banco de Pesquisadores da Fapeam e ter currículo atualizado na Plataforma Lattes.

Além das diretrizes gerais, o candidato deve cumprir exigências específicas de cada linha. Na vertente Regionalização, o doutor precisa selecionar a instituição regional onde pretende desenvolver o projeto, não residir no Amazonas e não exercer a profissão ou ter se aposentado no Estado. Na vertente Interiorização, o proponente deverá fixar residência no interior do Estado, onde está situada a sede ou unidade permanente da instituição.