Divulgação científica realizada no Amazonas tem destaque em evento nacional


 

08/09/2010 – Pesquisadores, estudantes e profissionais da área de comunicação do Amazonas tiveram uma representatividade acima da média em relação aos anos anteriores durante o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Intercom 2010, realizado em Caxias do Sul (RS), de 2 a 6 de setembro.

Um exemplo dessa ação foi o volume de trabalhos apresentados durante o Grupo de Pesquisa Comunicação, Ciência, Sociedade e Meio Ambiente. Durante a sessão temática, o papel da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) nos investimentos voltados para o fortalecimento da divulgação científica no Estado foi um dos pontos altos da discussão, levada por meio do artigo científico “Diagnóstico do jornalismo científico praticado do Amazonas”, de autoria da professora Mirna Feitoza, doutora em Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica/SP, e da jornalista Cristiane Barbosa, mestre em Ciências da Comunicação/Ufam.

vspace=10O objetivo do trabalho foi de analisar a cobertura de temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação na imprensa do Amazonas, Estado em que o jornalismo científico encontra-se em franca ascensão, com várias iniciativas direcionadas ao incremento dessa prática.

 “Apesar do cenário favorável, a imprensa local não realiza uma cobertura sistemática do setor, com equipes e editorias dedicadas a esse fim. Com isso, a contradição está anunciada: se o jornalismo científico está em ascensão no Amazonas, onde ele está sendo desenvolvido, já que a cobertura da imprensa ainda é tímida?”, afirmou Feitoza.

A professora destacou que os investimentos da FAP do Amazonas no Prêmio de Jornalismo Científico e no Programa de Comunicação Científica, oferecido anualmente, têm incentivado a prática do jornalismo científico na mídia local, bem como as iniciativas de assessorias de imprensa de institutos de pesquisa, tais como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Embrapa Ocidental, Fiocruz, universidades e faculdades.

A coordenadora do GP Comunicação, Ciência, Meio Ambiente e Sociedade, Isaltina Maria Gomes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) considerou fundamental o diagnóstico levado para o cenário nacional e recomendou a ampliação do debate nas próximas edições do Intercom.

Jornalismo Ambiental

Além desse trabalho, a professora do Centro Universitário Nilton Lins e mestranda em Ciências da Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Macri Colombo, apresentou o artigo científico “Jornalismo ambiental: a sua história no contexto social”, destacando a importância de refletir sobre essa prática na região Norte do país.

“Esse momento garante o debate sobre a conscientização local de que o meio ambiente ganha cada vez mais espaço em eventos nacionais. Além disso nos aponta que o jornalismo ambiental passa por um processo importante de amadurecimento”, frisou.

Sobre o Intercom

A Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares (Intercom) da Comunicação promove seis congressos anuais. O mais importante deles é o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. O evento vem sendo organizado desde 1977, sem interrupções. Cerca de 3.500 pessoas participam do encontro, entre pesquisadores, profissionais e estudantes de todo o Brasil, da América Latina e da Europa.

A partir de um tema central, são debatidos tópicos em Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade, Rádio, Televisão, Cinema, Políticas Públicas de Comunicação, Produção Editorial e de Conteúdo para Mídias Digitais, entre outros. O congresso reúne pesquisadores do Brasil inteiro e é realizado em uma cidade escolhida por votação entre os sócios da Intercom, no ano anterior ao evento.

Foto 1: Apresentação de trabalho durante o Intercom (Foto: Edilene Mafra)

 Cristiane Barbosa – Agência Fapeam

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