Doenças dermatológicas e negligenciadas são temas de Simpósio no AM
21/07/2010 -Entender, discutir e divulgar o andamento de pesquisas sobre as manifestações dermatológicas provocadas por arboviroses e outras viroses, a utilização correta dos antibióticos, a genética molecular, a imunologia de doenças infecciosas, assim como a dermatologia tropical infecciosa. Isto é o que especialistas pretendem abordar durante o V Simpósio de Dermatologia Infecciosa do Amazonas.
O Simpósio, destinado a médicos, enfermeiros, biólogos, farmacêuticos, bioquímicos, técnicos e estudantes da área de saúde, teve início nesta quarta-feira (21/07) e acontece até sábado (24/07), no auditório da Fundação de Medicina Tropical do Estado do Amazonas (FMTAM).
Na solenidade de abertura do Simpósio, o diretor-presidente da FMTAM, Sinésio Talhari, afirmou que o objetivo do encontro, que se encontra na quinta edição, é proporcionar aos profissionais da saúde, informações e conhecimentos sobre as doenças relacionadas com a dermatologia, como hanseníase, leishmaniose e também sobre doenças que podem se manifestar na pele, como o dengue.
“Nós vamos abordar, por exemplo, o tratamento das leishmanioses, aspectos relacionados a AIDS, o diagnóstico precoce das doenças dermatológicas, além das doenças negligenciadas como a hanseníase, entre outras”, afirmou.
Especialistas
Para fazer juz à importância do encontro, a organização conta com a participação de especialistas internacionais na área, como o indiano Shiam Verna, que explanará sobre sua experiência em dermatologia infecciosa no seu país, o inglês Terence Ryan, que abordará sobre doenças negligenciadas e o alemão, Marcelus Fischer, da Tropen Institut Hamberg – na Alemanha – que falará sobre a filariose.
Arboviroses
Já na primeira palestra da manhã, a infectologista da FMTAM, Dra. Maria Paula Mourão, explanou sobre as arboviroses e outras viroses com sequelas dermatológicas. Na ocasião, a palestrante explicou que arboviroses são viroses transmitidas por mosquitos que causam doença febril aguda e podem vir acompanhadas por manifestações na pele ou não. “Alguns sintomas de doenças são muito semelhantes do ponto de vista clínico e nós só conseguimos diagnosticar de forma precisa se tivermos um laboratório equipado”, explicou.
Mourão explicou ainda que, como não há laboratórios em toda localidade, o importante é ter ao menos um laboratório que seja referência para o Estado ou região. “A FMTAM é a nossa referência. Aqui hoje realizamos esses estudos para darmos, posteriormente, um retorno para a população”.
O evento conta com a participação do Dr. Luiz Tadeu Moraes da Universidade de São Paulo (USP), uma das principais autoridades em arbovirologia, área que concentra a doença da dengue. Ele é pesquisador do Programa Amazonas Sênior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), um programa que consiste em destinar bolsa para doutor sênior de outro Estado ou país interessado em se engajar em grupo de pesquisa do CNPq ou em programa de pós-graduação credenciado pela Capes no Amazonas.
As palestras do Simpósio ocorrem pela manhã e tarde. O encerramento está previsto para sábado (24/07), com as apresentações dos especialistas internacionais.
Confira a programação completa, clique aqui.
Foto 1 – Dr. Sinésio Talhari na abertura do evento (Foto: Divulgação FMTAM)
Foto 2 – Platéia assiste a pelestra da Dra. Maria Paula Mourão, da FMTAM (Foto: Divulgação FMTAM)
Carlos Fábio Guimarães – Agência Fapeam