Doenças negligenciadas são foco de seminário final do PPSUS


10/04/2013 – Doenças negligenciadas, como tuberculose e hepatite, medidas de prevenção para procedimentos transfusionais e o estudo de células-tronco para o tratamento de cardiopatias no Estado do Amazonas foram alguns dos temas tratados durante o Seminário de Avaliação Final do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS – Edital de 2009), realizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). 

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src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/PPSUS_AUDITORIO_003.jpgA abertura do evento ocorreu nesta quarta-feira (10/04) no auditório da Universidade Paulista (Unip), enquanto as apresentações dos projetos foram realizadas em salas temáticas pela manhã e à tarde. Na quinta-feira (11/04) será realizada a rodada final de defesa dos projetos. O Seminário final conta com a participação de pesquisadores das Fundações de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Amazonas (FHemoam), de Medicina Tropical do Estado do Amazonas (FMT-AM) e Alfredo da Matta (Fuam), além dos Institutos Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz/AM) e Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e das Universidades Federal (Ufam) e do Estado do Amazonas (UEA).

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/PPSUSPara a diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, o PPSUS é importante porque estabeleceu uma relação de parceria entre o Sistema Estadual de Saúde (Susam) e as Fundações e Institutos que prestam assistência à sociedade. “Em 2004, quando iniciamos o processo de construção da metodologia para o PPSUS e, hoje, quando vemos os resultados, percebemos que houve capilarização das políticas públicas de saúde, o que modificou o cenário da pesquisa. Significa que as fundações também passaram a realizar pesquisa, bem como compartilhar os recursos que antes tinham como destino as universidades”, avaliou.  

Clique aqui e ouça áudio com a fala da diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, sobre parceria com a Susam.

Simão lembrou que no início não havia parceria com a Susam, mas ao longo do processo foi possível estabelecê-la, uma vez que os resultados dos projetos objetivam melhorar os serviços, atendimentos e/ou procedimentos na área de saúde. “Todos os projetos serão reunidos em um documento, em uma linguagem simples, o qual será entregue aos gestores. No documento será possível demonstrar como eles podem se aproximar do pesquisador. Queremos também motivar os cientistas a participarem dessa empreitada”, declarou.

Clique no vídeo abaixo e acompanhe trecho de entrevista com a diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão.

  

Ações como a do PPSUS, conforme Simão, são necessárias para o Estado porque a região concentra especificidades diferentes de outras partes do País, por exemplo, populações ribeirinhas, indígenas, além da logística diferenciada.

Para a representante do Ministério da Saúde (MS), Maria Augusta Carvalho Rodrigues, a parceria entre as Instituições de Pesquisa, Fundações e a Susam é importante para que os resultados dos projetos sejam repassados à população. Ela explicou que essa questão é um dos grandes gargalos do PPSUS. Entretanto, se depender da Susam, conforme Rogério Gonçalves, esse problema será superado pelo Amazonas, uma vez que a intenção é identificar pesquisas que possam melhorar a qualidade de vida do amazonense.

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/PPSUS_AUDITORIO_CARLOSAvaliador do PPSUS há mais de dez anos, Carlos Teixeira Brandt disse que é nítido o salto em qualidade dos projetos apresentados durante o Seminário de Avaliação do PPSUS no Amazonas, além da elevação dos investimentos feitos pelos Governos Federal e Estadual por meio do financiamento a pesquisas e bolsas. Ele disse que pela riqueza da biodiversidade é necessário uma colonização científica no Norte, ação essa que vem sendo desenvolvida pela FAPEAM.

“Há dez anos víamos projetos simples, que não envolviam tecnologias de ponta. Atualmente, as pesquisas envolvem biologia molecular e genética, por exemplo. Além disso, os atores do processo demonstram domínio nas informações apresentadas e a FAPEAM tem tido um papel importante na qualificação dos pesquisadores para alavancar a qualidade da pesquisa na região”, salientou.

Conforme Brante, hoje, pode-se afirmar que o Estado é referencia em determinadas áreas da saúde no País, principalmente, na área de doenças negligenciadas. Todavia, quando são em áreas semelhantes, a qualidade do projeto é equiparada. Por isso, o esforço de recursos e pessoal devem ser dirigidos às áreas negligenciadas da região para projetar o Estado para o cenário nacional e internacional da pesquisa científica. Porém, não impede que os pesquisadores de forma individual ou coletiva também coloquem esforços em áreas que os cientistas de outras partes do mundo também estejam investigando.

Clique aqui e ouça o depoimento do consultor.

Luís Mansuêto – Agência FAPEAM

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