Educação Ambiental contribui para conservação de quelônios
28/07/2011 – Práticas de Educação Ambiental no manejo sustentável de quelônios em comunidades do Médio Amazonas estão possibilitando a preservação das espécies. Esse foi o resultado da pesquisa ‘A Educação Ambiental para Conservação dos Recursos Naturais em Comunidade Ribeirinhas do Médio Rio Amazonas’, do Projeto Pé-de-Pincha da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Segundo a mestra em Biologia e professora da Ufam, Odeniza Cardoso de Lima, a pesquisa foi desenvolvida durante o ano de 2010, com o objetivo de conscientizar, por meio da conservação do manejo sustentável de quelônios, as comunidades do Médio Amazonas.
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Para a professora, a educação ambiental é um dos principais recursos utilizados no Projeto Pé-de-Pincha, em que o indivíduo em conjunto com a coletividade, constrói valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à conservação do meio ambiente. “Isso possibilita aos comunitários uma maior qualidade de vida e sustentabilidade”, afirmou.
Participação coletiva dos comunitários
“A partir da implementação do projeto, a participação comunitária foi um marco positivo e se tornou um elemento norteador de todo o processo de educação dos comunitários”, disse a pesquisadora. Ela ainda explicou que os comunitários solicitaram a presença da Ufam para a formação de parceria, no sentido de desenvolver atividades de forma coletiva.
Lima destacou as atividades pedagógicas e de seminário como sendo principais, pois são norteadoras de todas as ações que serão desenvolvidas durante o ano. “Eles têm a iniciativa das atividades e nós somos apenas o elemento que acompanha o desenvolvimento delas”, disse.
Atividades sustentáveis no aproveitamento dos recursos naturais
A pesquisadora fala que antes da pesquisa, os comunitários já realizavam o manejo de quelônios, antes da implementação do Projeto na comunidade Terra Santa no Pará, em 1999. “Eles realizavam o manejo sem nenhuma técnica o que causava perdas significativas nessa atividade econômica, não chegando a 100% de aproveitamento dos quelônios capturados”, afirmou.
Capacitação de professores
De acordo com Lima, as atividades do projeto estavam concentradas, principalmente, no curso de formação de professores. Havia a necessidade de multiplicadores, pois, a partir daí, eles detectavam as necessidades e estabeleciam metas como palestras, treinamento de jovens e adultos e cursos, dentre outros cursos específicos, ressaltou.
A mestra considera o Projeto Pé-de-Pincha inovador nessas ações participativas, permitindo ao comunitário maior envolvimento nessas ações. “Essa participação se define nas ações que serão realizadas em cada ano”, comentou.
Saiba mais sobre o Projeto Pé-de-Pincha
O Projeto ensina alunos, professores e ribeirinhos a protegerem ovos de quelônios (tartarugas, jabutis e tracajás) depositados em praias da várzea do Rio Amazonas, garantindo a conservação e preservação desses animais na natureza, como também a criação comercial em cativeiro. A denominação do projeto se faz em razão da pegada dos quelônios, que parecem com uma tampa da garrafa de refrigerante.
Sebastião Alves – Agência FAPEAM