Educação Ambiental é tema de evento financiado pela FAPEAM


Criatividade, boa formação, capacidade de interagir com diferentes grupos sociais e persistência são algumas das atribuições de um profissional de Educação. Mas, em se tratando de um profissional específico da área de Educação Ambiental (EA), essas atribuições vão mais além, afinal, educar, mudar hábitos e atitudes fazem parte de um processo lento, de médio a longo prazo.

Pensando nesse desafio, a professora do Departamento de Formação em Educação Ambiental, do Centro de Ciências do Ambiente, da Universidade Federal do Amazonas ((DFEA/CCA/Ufam), Maria Olívia de Albuquerque Ribeiro Simão, conduz a uma reflexão sobre a necessidade da  qualificação e formação de profissionais nessa área. Ela chama a atenção de professores e gestores sobre a avaliação das práticas desenvolvidas e se estas estão atendendo as diferentes dimensões que formam o meio ambiente: a natureza, o social, a economia e a cultura.

Sobre o processo de formação, Olívia Ribeiro diz que é preciso tomar cuidado para não dar  ênfase apenas na importância da manutenção da integridade dos componentes físicos da natureza, como água, solo, ar, dentre outros, ou somente à conservação da flora e fauna.

“É necessário  verificar as verdadeiras causas dos problemas ambientais, os quais estão associados aos modelos econômico e de civilização impostos às sociedades, independente, de onde estejam inseridas”, explica.

/Nesse sentido, a pesquisadora amplia o conceito de EA, mas adverte para o fato das informações repassadas, principalmente, pela mídia, estejam associadas somente às ações de conservação da biodiversidade, de reciclagem de materiais, do manancial de recursos naturais,  sem dar ênfase aos valores como solidariedade, diminuição de consumo, respeito à diversidade cultural, que são itens imprescindíveis para a construção de uma nova racionalidade ambiental.

EA na prática

Olívia Ribeiro diz que já é possível encontrar práticas pedagógicas nas escolas da capital e do interior do Amazonas. Na maioria dos casos, são projetos desenvolvidos no ambiente escolar ou junto com a comunidade. Ela também pontua como formas de sistematização da prática, a necessidade de identificação dos temas abordados e a verificação das reais necessidades de formação continuada para instrumentalizar os educadores.

Mostra e Intercâmbio de Educação Ambiental na Amazônia

 

Acompanhando as ações pedagógicas voltadas para questões ambientais, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), por meio do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos e Tecnológicos no Estado do Amazonas (PAREV), promove, no período de  15 a 18 de junho, a 1ª Mostra e Intercâmbio de Educação Ambiental na Amazônia.

O evento vai reunir representantes de várias instituições de ensino e pesquisa que irão mostrar o que estão realizando na área, além de propor objetivos e metas para o desenvolvimento sustentável na Amazônia.

 

SERVIÇO

Data: 15 a 18 de junho de 2010
Local:
UFAM – Av. Gal. Rodrigo Octávio Jordão Ramos nº 3000 – Campus Universitário Bloco T, Setor Sul – Coroado – Manaus / AM
Contato: Fone / Fax (92) 3305-4069 (falar com Francisco Reis, Socorro Sousa ou Silvana Cruz)
Outras informações, clique aqui.

 
Sobre o PAREV

Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos e Tecnológicos no Estado do Amazonas (PAREV) consiste em apoiar, com recursos financeiros, a realização de eventos científicos e tecnológicos no Estado do Amazonas.

 

Foto 1: Professores têm papel importante na EA (Foto: Giovanna Consentini)

 

Sebastião Alves – Agência Fapeam

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *