Educação é a maior arma contra a proliferação de publicações predatórias no meio científico


Avançar os processos educacionais e conscientizar pesquisadores e a comunidade acadêmica em todo o mundo é o único meio de restringir a disseminação de publicações independentes e questionáveis focadas em divulgação científica. A afirmação é do professor e bibliotecário, Jeffrey Beall, especializado em divulgação e comunicação acadêmica, da Auraria Library, na University of Colorado Denver (EUA). Beall, que tem inúmeros trabalhos publicados sobre editoras “predatórias” em divulgação científica é autor do blog “Scholarly Open Acess”, que regularmente divulga listas de editoras com reputação considerada suspeita.

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Beall, que realiza há mais de 24 anos pesquisas nas áreas de metadados e recuperação da informação, esteve no Brasil no início deste mês. Ele foi um dos palestrantes da 4th World Conference on Research Integrity, conferência mundial sobre integridade científica, que aconteceu entre 31 de maio e 3 de junho no Rio de Janeiro. Em sua palestra, ele fez uma advertência para o avanço exponencial dessas editoras, que, na maioria das vezes, publicam artigos científicos sem fundamentos ou totalmente distantes da realidade acadêmica.

Segundo o professor, os grandes desafios para coibir o avanço dessas publicações dizem respeito ao combate de um ambiente regulatório frágil voltado para o tema. Beall explica que a aplicação de leis para esses casos é pífia, os defensores das publicações acadêmicas de acesso aberto ignoram ou minimizam o problema e os editores dessas publicações agem sob a proteção da liberdade de imprensa.

“Temos um outro problema porque muitos autores veem nessas publicações um meio mais fácil de publicar um número maior de artigos, o que garante a permanência delas no mercado. Precisamos de um grande trabalho de conscientização para restaurar o papel dos leitores e dos assinantes de publicações acadêmicas”, reforçou Beall em sua apresentação na 4th World Conference on Research Integrity.

Leia a matéria completa aqui.

Fonte: Jornal da Ciência

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