Em Itacoatiara (AM), estudantes utilizam robótica como ferramenta educacional
A robótica vem causando grande impacto no mundo por trazer inovações tecnológicas em diversos setores da sociedade, inclusive na interação entre pessoas, entre eles está o campo da educação. No município de Itacoatiara, interior do Estado do Amazonas, estudantes do ensino médio, da rede pública de ensino utilizam os conhecimentos sobre robótica, como ferramenta educacional nas atividades que complementam o conteúdo ministrado nas aulas.
O projeto coordenador pelo professor, Ademir Cortez Pinheiro, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) por meio do Programa Ciência na Escola é desenvolvido na Escola Estadual Deputado Vital de Mendonça. A equipe de robótica da escola é composta por estudantes Arcanjo Gabriel, Brendo Cavalcante, Carolina da Palma, Ednara da silva, Fernanda Stefany, Giselle Soares, Ketellen Caroline e Pâmela Cristina, totalizando segundo o professor, um número de cinco cientistas júnior, bolsitas da Fapeam, e cinco alunos colaboradores.
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O trabalho apresentado pelos estudantes aborda a questão do lixo, cada missão apresentada na mesa representa uma tarefa que deverá ser desenvolvida pelos alunos. O projeto é composto por quatro etapas; projeto de pesquisa, onde os alunos pesquisam e coletam conhecimento sobre o tema; design, onde os estudantes desenvolvem a estrutura do robô; as missões que precisam ser executadas, além das avaliações do trabalho desenvolvido em equipe, disciplina e responsabilidade.
O objetivo do projeto é promover e estimular o interesse dos estudantes pela robótica, trazendo para a sala de aula um aprendizado prático, onde o aluno possa visualizar o aprimoramento dos conteúdos ministrados nas aulas, de uma maneira que ele possa ser envolvido pelas diretrizes do projeto. A atividade visa aguçar a curiosidades dos jovens estudantes pelas novas tecnologias, inserindo a robótica no contexto de aprendizagem e mostrando para os mesmo que ela está presente no cotidiano das pessoas.
Para Brendo Cavalcante, 15, estudante do 1º ano do ensino médio e cientista júnior do projeto, as atividades práticas além de auxiliarem na melhoria do rendimento educacional, ajudam também na interação entre os jovens. “No robô a informática é trabalhada por meio do computador, de forma que possamos estabelecer todas as coordenadas para o robô; a matemática vai nos ser muito útil na hora de calcular a velocidade do robô e em que tempo e distante ele deverá concluir o objetivo; além de melhorar muito o ensino o projeto tem ajudado também no processo de socialização das pessoas, de todos os alunos envolvidos”, apontou.
Realidade no cotidiano de muitas esferas sociais, os robôs já estão presentes, por exemplo, nos serviços de acompanhamento de idosos, e em algumas clínicas de saúde, monitorando o tratamento de pacientes. Segundo explicou a coordenação do projeto, a proposta inserida na ação pretende levar o universo do robôs para dentro das salas de aulas, visto que os educandos são considerados atualmente como um dos grupos que mais utilizam tecnologias e se apropriam desse conhecimento.
De acordo com o coordenador do projeto, Ademir Cortez Pinheiro, inserir o aluno nesse cenário resulta no amadurecimento e evolução do estudante em sala de aula, propiciando bons resultados no aprendizado. “O aluno já está inserido no meio da informática, a tecnologia pra ele não é nova, ele só precisa aprender a desenvolver o conhecimento científico para colocar o que ele já conhece, então isso chama a atenção do estudante. Você pega o conteúdo escolar e apresenta no meio da robótica, então ele vai se inserir nesse contexto, com isso ele vai melhorar em todas as matérias. Se fomos verificar os alunos que entram no projeto e como eles evoluem despois de fazerem parte, podemos ver que eles melhoraram em todas as áreas”, explicou.
Histórico de sucesso
Em meados de fevereiro deste ano, aproximadamente 300 alunos, totalizando 31 equipes de escolas públicas e particulares participaram do torneio de robótica First Lego League (FLL). O evento que aconteceu no Serviço Social da Indústria (SESI), contou com a participação de duas escolas da Rede Estadual de Ensino do município de Itacoatiaraapresentando projetos financiados pela Fapeam.
Os alunos da Escola Estadual Deputado Vital de Mendonça, não ficaram entre os cinco projetos classificados para participar da etapa nacional, prevista para acontecer em Brasília, mas sagraram-se campeões na categoria Core Values, uma das quatro categorias em que estava dividida a competição. O Torneio de Robótica FLL, é um programa internacional voltado para crianças de 9 a 16 anos, criado para despertar o interesse dos alunos em temas como ciência e tecnologia dentro do ambiente escolar.
Por meio de uma experiência criativa os competidores resolvem problemas do mundo real: planejam, projetam, constroem e programam robôs com a tecnologia LEGO Mindistorms. O SESI é o organizador oficial da competição no Brasil e o torneio é realizado em parceria com o Grupo LEGO (Dinamarca) e a organização americana For Inspiration and Recognition of Science and Technology (FIRST). Além das equipes do Amazonas, a etapa ainda contou com três equipes vindas dos estados de Rondônia, Pará e Paraíba.
Eduardo Gomes – Programa Ciência na Escola / FAPEAM
Fotos: Eduardo Gomes