Embalagens de bombons que iriam para o lixo viram arte


Depois de comer um bombom de castanha, é natural jogar a embalagem fora. No entanto, ao invés de colocar no lixo, algumas pessoas simplesmente jogam as embalagens na rua, no chão de casa ou no chão da escola.

No Centro de Educação de Jovens e Adultos Professor Agenor Ferreira Lima, localizado na avenida André Araújo, bairro Aleixo, acontecia a mesma coisa, era possível ver embalagens de bombons jogadas por todo lado.

Para mudar essa situação, a professora de geografia Maria do Rosário de Souza resolveu criar o projeto “Trabalhando a educação ambiental e a sustentabilidade na reutilização das embalagens de bombons”.

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/pce%20lixo.jpgO projeto faz parte do Programa Ciência na Escola (PCE), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e foi exposto na Mostra Pública da terceira edição do Programa.

“A Fapeam foi indispensável na pesquisa, porque propiciou recursos que serviram para repassar conhecimentos e realizar o desejo de muitos alunos”, afirmou Rosário.

De acordo com a professora, o objetivo da pesquisa era sensibilizar os alunos sobre o comprometimento estético que a escola sofria com o excesso de embalagens jogadas sem discernimento e ajudá-los a transformar o que eles consideravam lixo em arte.

Além de educação ambiental, o projeto também desenvolve o trabalho em equipe e a inclusão social. Os alunos com deficiências físicas participam do programa e realizam o mesmo trabalho que os outros colegas. Os professores da escola também aderiram à ideia.

Envolvimento da comunidade

Os alunos realizaram oficinas para a comunidade sobre reciclagem e sustentabilidade e elaboraram quadros, bonecos, cestas, entre outros, utilizando embalagens de bombons como matéria-prima e, ainda, uma cartilha desenvolvida para divulgar a proposta educativa.

No início de sua participação no projeto, a bolsista Matilde Costa confessou que acreditava que a atividade seria apenas mais um trabalho ‘chato’ da escola, mas com o tempo percebeu quão importante era o trabalho e mudou seu modo de pensar em relação aos assuntos sobre meio ambiente.

“Ao participar do grupo, mudei minha postura social, passei a me educar e educar meus filhos quanto ao lixo jogado na rua. O aprendizado obtido a partir da pesquisa mudou o meu hábito de leitura, passei a ler mais e a conhecer mais. Até porque, como estudo numa escola de educação para jovens e adultos, não se pode mais perder tempo, se não você fica para trás”, declarou Matilde.

Luana Gomes – Agência Fapeam

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