Coordenador do Núcleo de Inovações Tecnológicas Sustentáveis do Instituto Mamirauá


29/04/2014 – Na semana em que o Instituto Mamirauá completou 15 anos de atuação no Amazonas e inaugurou a Incubadora Mamirauá, com aporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), o coordenador do Núcleo de Inovações Tecnológicas Sustentáveis e gestor da incubadora, Josivaldo Ferreira Modesto, ressaltou a contribuição do Instituto para o desenvolvimento econômico e sustentável da região e importância estratégica da incubadora para a Amazônia.

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Em entrevista à Agência FAPEAM, Josivaldo Modesto afirmou que a implantação da incubadora, pelo menos 100 comunidades do interior do Estado e cinco municípios da região do Médio Solimões serão beneficiados.  Segundo ele, a interação do conhecimento científico com o saber tradicional serão potencializados por meio da iniciativa. Confira:

Agência FAPEAM: O Instituto Mamirauá completou no dia 23 deste mês 15 anos de atuação no Amazonas. Na sua avaliação qual tem sido a maior contribuição do Instituto para o desenvolvimento da Amazônia?

Josivaldo Ferreira Modesto: O Instituto, ao longo desses anos, tem produzido uma gama de conhecimentos científicos relevantes para a região para compreensão dos fenômenos, tanto do ponto de vista da biodiversidade amazônica quanto do ponto de vista do desenvolvimento humano e das melhorias da qualidade de vida das populações que residem, principalmente, na região do médio Solimões e nas áreas alagadas na Amazônia. A maior contribuição é a interação do conhecimento científico com o saber tradicional com esse objetivo de utilizar recursos da Amazônia para melhoria da qualidade de vida dessas populações.

AF: Na programação de comemoração, o Instituto inaugurou a Incubadora Mamirauá com aporte financeiro da FAPEAM. Quantas pessoas e/ou comunidades serão beneficiadas com as ações na incubadora?

Josivaldo Ferreira Modesto: Se pensarmos apenas nas comunidades e nas duas reservas que o Mamirauá desenvolve suas atividades prioritárias, teremos mais de 100 comunidades beneficiadas. Agora, do ponto de vista da amplitude e do raio de ação do Mamirauá na região, podemos, com certeza, dizer que atingiremos pelo menos cinco municípios da região do Médio Solimões, vizinhos ao município de Tefé, onde a incubadora foi instalada.

AF: Quais são os objetivos da incubadora?

Josivaldo Ferreira Modesto: O objetivo da incubadora está alinhado com o Plano Nacional de Inovação que é desenvolver a região utilizando o conhecimento científico produzido por um instituto de pesquisa vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e as potencialidades locais. O objetivo principal é o desenvolvimento regional valorizando o conhecimento das comunidades locais.

AF: Qual importância estratégica da incubadora para o desenvolvimento da incubadora?

Josivaldo Ferreira Modesto: A importância estratégica é o desenvolvimento econômico pelo viés da sustentabilidade voltado para a região que é central no Amazonas e distante de um centro urbano grande, como Manaus. O empresário e o empreendedor local enfrentam diversas dificuldades por estar no interior e aí, com a incubadora, iremos buscar ferramentas para driblar essas dificuldades e desenvolver da melhor maneira possível as potencialidades locais.

AF: Quem são os parceiros na Incubadora Mamirauá?

Josivaldo Ferreira Modesto: Em primeiro lugar a FAPEAM que é a apoiadora por meio do Pró-Incubadoras, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (Cide) que são duas incubadoras já existentes que, dentro desse projeto, se comprometeram em criar mais duas incubadoras no interior do Amazonas, o MCTI que é a instituição máxima ao qual estamos subordinados e os parceiros locais.

AF: Quais são as demais ações que estão sendo desenvolvidas pelo Núcleo de Inovações Tecnológicas Sustentáveis do Instituto Mamirauá?

Josivaldo Ferreira Modesto: Nossa missão é fazer a gestão da propriedade intelectual da instituição, fazer a gestão da política de inovação do Instituto Mamirauá. O Instituto tem um componente muito forte no desenvolvimento de tecnologia social. Hoje temos um portfólio de tecnologias sociais que estão em uso ou em desenvolvimento. Algumas, inclusive, já foram até premiadas nacionais e regionais como, por exemplo, o sistema de bombeamento de água que recebeu o Prêmio Regional Finep de Inovação em 2012 e ficou em primeiro lugar na categoria nacional no mesmo ano.

Camila Carvalho – Agência FAPEAM