Estação Ciência tem média de 450 visitantes por turno
Até meio dia desta quarta-feira (03/10), a Estação Ciência da IV Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Amazonas já havia recebido mais de 2,2 mil visitantes, de acordo com um dos coordenadores da exposição, Aderli Simões, chefe do Departamento Técnico-Científico da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Sect). A média de visitantes é de 450 por turno. A exposição de trabalhos científicos na Estação Ciência foi iniciada na manhã da última segunda-feira, e se estenderá até às 20h de sexta-feira. O horário de visitação é de 8h às 20h.
Os estudantes de escolas públicas municipais e estaduais são maioria entre os visitantes dos 48 estandes montados na tenda de lona do Studio 5. A Sect providenciou quatro ônibus (parceria com a Petrobras) e três microônibus (alugados com recursos da secretaria) para o transporte de estudantes das escolas públicas. “Cada escola está trazendo em média 40 estudantes. São oito escolas no turno da manhã e oito à tarde”, explicou Simões. Além das escolas públicas, a exposição recebe visitas de estudantes de escolas particulares e do público em geral que freqüenta o Studio 5 Festival Mall.
A professora Aurian Soares, da Escola Municipal São Dimas, no bairro São Jorge, zona Oeste de Manaus, elogiou a qualidade das exposições e lamentou a impossibilidade de que todos os alunos da escola visitassem a Semana de C&T. Ela acompanhou a turma de 3º ano do primeiro ciclo do ensino fundamental. “É muito importante que as crianças participem, porque têm a oportunidade de ver de perto essas experiências com as quais não tem quase nenhum contato. Tudo é novidade para elas”, disse.
De acordo com a professora Aurian Soares, ao retornar à escola os alunos seriam incentivados a preparar exposições através de desenhos para repassar aos colegas que não puderam visitar os estandes. “Eles vão expor aos colegas o que puderam apreender aqui. O ideal era que todos pudessem ou tivessem a oportunidade de visitar a Semana de C&T”, disse.
A professora Edriane Vieira, do Instituto Filippo Smaldone (escola para deficientes auditivos), levou a turma do 4º ano do ensino fundamental, que aproveitou os estandes da área de ciências da saúde para complementar o que estudam em sala de aula. “Eles estão estudando o corpo humano e os estandes estão muito bons, porque oferecem material concreto. Eles passaram a maior parte do tempo aqui”, disse a professora. Os estudantes conseguem fazer a leitura labial dos expositores e contavam ontem com a ajuda de uma intérprete da linguagem de sinais.
Os estudantes-visitantes também tiveram a oportunidade de participar de experiências nos estandes. Leonardo Cordeiro, de 9 anos, aluno da Escola Municipal Waldir Garcia, do bairro São Geraldo, zona Centro-Sul, experimentou o banco giratório da Casa da Física. A pessoa senta sobre o banco segurando dois pesos, um em cada mão. O expositor gira o banco e pede que a pessoa abra e feche os braços. Com os braços abertos, a rotação do banco diminui. Com os braços fechados e os pesos colados ao peito, a rotação aumenta. “É muito legal, mas a pessoa fica um pouco tonta”, disse Leonardo, ao final da experiência. O expositor explica o fenômeno em seguida.
Estudantes de escolas públicas também expõem trabalhos na Casa da Física. Érika Freitas, da Escola Estadual Daisaku Ikeda, no bairro Novo Reino 2, zona Leste, acompanhada de outros colegas de turma da 8ª série apresentavam experimentos produzidos para uma feita de ciência na escola. Numa delas, os alunos misturavam água, areia e óleo em um vidro para mostrar que essas substâncias não se misturam porque umas pesam mais que outros.
Experiência de feira de ciência também foi levada pelas estudantes Andrezza Teixeira, 17, e Nelivane Vanessa, 17, do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Reinaldo Thompson. Elas demonstravam como a água com sal e a coca-cola são potenciais condutores de energia. Ao tocar duas pontas de fio na água salgada ou na coca-cola elas conseguiam acender uma lâmpada. Na água natural, a mesma lâmpada não se acendia. “Os alunos se interessam muito por essa experiência”, disse Nelivane, que também explicava como ocorre o fenômeno físico de condução de energia através das substâncias químicas adicionadas à água.
Valmir Lima – Agência Fapeam