Estoque de carbono da floresta no Amazonas é de 167,7 toneladas por hectare, aponta pesquisa


29/04/2014 – O estoque de carbono florestal no Estado do Amazonas está em torno de 167,7 toneladas por hectare. Este foi um dos resultados apresentados durante o seminário de encerramento do Projeto Cadaf, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que acontece até hoje, terça-feira (29).

Segundo o pesquisador do Inpa e um dos responsáveis pelo seminário, Adriano Nogueira, vários pesquisadores envolvidos no projeto apresentaram o resultado de suas pesquisas. Entre eles, está o pesquisador do Laboratório de Manejo Florestal do Instituto, Francisco Higuchi, que informou, com base na média estimada dos inventários florestais do Amazonas, que o Estado tem 167,7 toneladas de carbono por hectare com um intervalo de erro de 6,5 toneladas de carbono, o que equivale a um Intervalo de Confiança de 95%.

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“A ideia agora é reunir todas as informações de metodologia, de estoque e dinâmica de carbono para ajudar elaboração da implantação do REDD+. No momento, estamos criando a base de conhecimento na questão de metodologia de inventário florestal contínuo e monitoramento florestal tentando conciliar com o sensoriamento remoto. Tudo isso para ajudar quem tiver interesse, no caso o governo estadual, na elaboração de implantação do projeto REDD+”, explicou Nogueira.

O evento foi pensado para reunir pesquisadores e organizações ligadas às questões de mudança climática global com o objetivo de discutir e reunir subsídios para ajudar na elaboração do projeto para Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) na Amazônia.

Segundo Adriano Nogueira, o Inpa está criando um método confiável do tipo MVR, ou seja, Mensuráveis, Reportáveis e Verificável, para que instituições interessadas possam utilizar para elaborar seus projetos REDD+.

Projeto Cadaf   

O coordenador geral do Projeto Cadaf, Niro Higuchi, informou que o Cadaf é um projeto de cooperação técnica internacional que teve início em 2010 em parceria entre o Inpa, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Instituto de Pesquisas de Florestas e Produtos Florestais do Japão (FFPRI) e a Universidade de Tókio. O estudo teve o financiamento da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).

Durante o seminário, Thelma Krug, pesquisadora do Inpe, apresentou um mapa de carbono que o Brasil utiliza  para fins de inventário nacional de gases de efeito estufa, que é submetido junto à Convenção das Nações Unidas sobre mudança de clima – requisito que todos os países têm que submeter de tempos em tempos.

De acordo com ela, o Brasil submeteu seu segundo inventário em 2010 e, desde o primeiro inventário, foi utilizado este mapa gerado com dados com uma equação alométrica que foi desenvolvida no Inpa pelo pesquisador Niro Higuchu, em 1998, juntamente com dados do Radam Brasil, o que gerou um mapa de carbono do Brasil.

“O trabalho desenvolvido pelo Inpa é fantástico e não há nenhuma outra instituição no Brasil que tenha um investimento tão grande em conhecer a biomassa de suas florestas. É enriquecedor o conteúdo dessas informações”, disse Thelma.

Fonte: Inpa, por Luciete Pedrosa

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