Estudantes do Amazonas participam de competição mundial de robótica
Um grupo de estudantes do Amazonas vai representar o Brasil no campeonato mundial de robótica, que será realizado a partir desta quinta-feira, dia 10 de abril, nos EUA. Eles levarão o robô Wino, que conquistou o campeonato nacional, para competir com máquinas de todo o planeta. “Queremos mostrar que o Amazonas não é só floresta, mas também inovação tecnológica”, disse Gustavo Myrria, 21, um dos membros da equipe.
Os cinco estudantes envolvidos no projeto cursam mecatrônica na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e começaram a desenvolver os projetos de robótica dentro do Programa de Fomento a Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) – que se chamava Profic e hoje se chama Paic. A Fapeam financia as passagens dos estudantes até a Faculdade de Trinity (Trinity College), em Hartford, no estado de Connecticut, para participar do evento.
“Esse grupo é uma mostra de que investimento em iniciação científica tem resultados práticos, aumentando a competitividade do Amazonas em Ciência, Tecnologia e Inovação. Esperamos que esses garotos consigam mostrar a qualidade do projeto desenvolvido por eles”, ressalta Odenildo Sena, diretor-presidente da Fapeam.
O Wino – que tem o apelido de robô caboclo – é uma máquina avançada, montada sobre uma plataforma e um software desenvolvido pelos estudantes amazonenses. “As peças do robô foram montadas com pedaços recondicionados de outras máquinas e computadores. O software também foi criado por nós, totalmente do zero”, declarou Gustavo. Enquanto o primeiro Wino era um robô de madeira que desviava de obstáculos, o atual, que é de acrílico, terá que entrar em uma pequena casa e apagar uma vela. “O desafio é maior, mas estamos preparados”, afirmou o estudante.
A equipe foi vencedora do concurso nacional, realizado ano passado, durante a sexta edição do Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia de Controle e Automação (6º Eneca), promovido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR).
Além de Gustavo, fazem parte do grupo Walter Nakano, 22, Andrei Souza, 23, Moisés Bastos, 24, e Carlos Alexandre Souza, 22. O grupo conta com apoio, também, da Fundação Muraki e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Amazonas (Crea/AM).